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O julgamento de um monstro e a omissão da grande mídia nos EUA

Divulgação/Pennsylvania Family Institute
Baner criado pelo Pennsylvania Family Institute para denunciar o caso de Kermit Gosnell.

O julgamento de um crime repugnante ocorre nos Estados Unidos e boa parte da mídia norte-americana parece fazer questão de abafá-lo, ou ao menos reduzir sua importância. Trata-se da série de assassinatos feitos por Kermit Gosnell, um médico da Pensilvânia que matava bebês nascidos vivos depois de procedimentos abortivos mal sucedidos.

Embora não fosse obstetra, nem ginecologista, apenas clínico geral, Gosnell era proprietário de uma clínica de abortos. Ele atendia mulheres que queriam abortar seus filhos mesmo depois da 24ª semana de gestação, o limite imposto por uma lei estadual. Sua clínica não seguia várias normas sanitárias, contratava pessoas sem formação e desprezava os procedimentos pré-abortivos, que preveem uma lista de exames e orientações à mãe.

As maiores atrocidades, no entanto, ocorriam quando algo dava “errado” na mesa de cirurgia. Conforme conta a colunista Kirsten Powers, do jornal USA Today, Gosnell decapitava os bebês sobreviventes, e os guardava em jarras, na geladeira.

Stephen Massof, um ex-funcionário de Gosnell detalhou em seu testemunho como o médico usava tesouras para perfurar a parte traseira do pescoço e cortar a medula espinhal do bebê, separando o cérebro do corpo. Assim como outras testemunhas, Massof também se declarou culpado por ter participação em várias execuções, e contou ter visto pelo menos 100 bebês serem assassinados por seu ex-chefe. Outra ex-funcionária, Adrienne Moton, chegou a fotografar alguns dos bebês mortos e confirmou que Gosnell lhe ensinou a técnica.

Quando a polícia chegou à clínica, desconfiando do grande volume nas compras de medicamentos de uso restrito, achou dezenas de fetos dentro de sacolas, além de partes dos corpos distribuídos por todo o prédio. Foram encontrados restos de 45 bebês, alguns deles em garrafas de água e de leite. Este blog publicou as imagens que, evidentemente, são chocantes.

A operação policial gerou a acusação formal de homicídio pela morte de 7 bebês e uma paciente, que não resistiu ao excesso de anestesia. A cada dia de julgamento novos detalhes surgem, revelando ainda mais a monstruosidade do que se fazia na clínica de Gosnell.

Diante de todo esse horror, nas últimas semanas o que parte da sociedade norte-americana passou a se perguntar é: porque um crime hediondo como esse, envolvendo o assassinato de crianças e contando uma série de elementos para os quais mídia sempre deu destaque aparece com tanta discrição no noticiário ? Ironicamente, o que tem aumentado o número de publicações sobre o caso é justamente a denúncia desse vergonhoso silêncio das grandes redes de comunicação, como a CNN e a CBS, ou o jornal The New York Times.

A omissão se tornou tão escandalosa, que vários setores da sociedade civil – não só organizações pró-vida – passaram a reclamar dessa postura na internet, o que parece ter surtido algum efeito. Embora o julgamento tenha começado no dia 18 de março, só agora parte da grande mídia passou a resgatar o histórico do caso e cobrir os depoimentos.

Segue abaixo uma lista de links para algumas reportagens recentes sobre o silêncio da mídia e mais detalhes do julgamento.

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‘House of horrors’ abortion patient testifies how she was given a heart drug to ‘illegally terminate her pregnancy at nearly 30 Weeks

Kermit Gosnell, Abortion Doctor, Enters 5th Week Of Murder Trial

Media Ignoring Gosnell Trial Because It Puts Abortion Issue ‘Starkly Into Relief’

Why Kermit Gosnell hasn’t been on Page One

14 Theories for Why Kermit Gosnell’s Case Didn’t Get More Media Attention

Censura mediática en Estados Unidos ante el juicio del asesino en serie y abortista Kermit Gosnell

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