O presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou que renunciará ao cargo se o aborto for legalizado em seu país via reforma do código penal, como vem sendo debatido por deputados de seu próprio partido.
Correa definiu como traição o movimento de alguns de seus colegas de legenda que lideram a tentativa de liberar a prática no texto da nova legislação. “A mim dá muito mais trabalho as deslealdades e traições de supostos amigos do que os acertos dos inimigos”, disse Correa numa entrevista concedida a uma rede de tevê local. Na última campanha presidencial, o presidente assumiu o compromisso de não legalizar o aborto no país.
Ele disse estar “cansado” dessa movimentação e afirmou: “Façam o que quiserem , eu jamais aprovarei a despenalização do aborto”. Por fim, Correa ameaçou os colegas do Alianza PAIS, dizendo que se as traições para legalizar o aborto continuarem, ele “imediatamente” apresentará sua renúncia ao cargo.
Pela legislação atual, o aborto é crime no Equador, não punível apenas em casos de estupro de pessoa com deficiência mental, risco de saúde ou vida da mulher.
Por mais raro que seja um legítimo bolivariano assumir publicamente uma postura pró-vida, a valorização da vida humana desde a concepção deveria estar acima da escolha de lados políticos, tanto quanto o assassinato ou o genocídio são naturalmente condenáveis por qualquer cor partidária. O mundo seria um lugar melhor se socialistas e liberais não tivessem dúvidas quanto a matar ou não um ser humano indefeso dentro do útero materno.
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