O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou nesta segunda-feira uma lei que proíbe a propaganda do aborto no país. A medida faz parte de um conjunto de mudanças que altera a regulamentação sobre anúncios publicitários de diversos serviços relacionados com a medicina. De acordo com a agência Reuters, a nova lei pretende frear a diminuição da taxa de natalidade do país.
Coincidentemente ou não, o anúncio se deu no mesmo dia da visita de Putin ao papa Francisco, no Vaticano. O pontífice lançou nesta terça-feira sua primeira exortação apostólica, intitulada Evangelii Gaudium, na qual dá uma resposta enfática aos que interpretaram que a Igreja abandonaria sua postura pró-vida em seu pontificado. “Não deve se esperar que a Igreja mude sua postura”, disse Francisco, sobre o aborto. E completou: “não é progressista pretender resolver os problemas eliminando uma vida humana”. O documento fala de justiça social e da alegria cristã.
Aborto na Rússia
A Rússia foi o primeiro país do mundo a legalizar o aborto, em 1920, logo depois da tomada de poder pelos comunistas. A liberação na época foi total, sem restrição nem exigência alguma. Desde então, a legislação sobre o tema sofreu várias mudanças. A prática voltou a ser ilegal na década de 30 e foi retomada nos anos 50, com algumas restrições a mais em relação à lei original. Entretanto, ainda hoje, a Federação Russa é o país onde ocorre o maior número de abortos por mulher em todo o mundo. De acordo com dados da ONU, ocorrem no por lá cerca de 1,2 milhões de abortos ao ano. Levando em conta o tamanho da população, o número é superior inclusive aos índices da China.
O blog já falou sobre os avanços do movimento pró-vida na Rússia. Confiram lá !
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