Uma pesquisa divulgada nesta segunda pelo Inca (Instituto Nacional do Câncer) trouxe um dado que já pode ser observado em qualquer porta de shopping, cursinho ou escola: os jovens estão cada vez mais expostos ao cigarro. Como você pode ler na matéria“Exposição dos jovens ao cigarro preocupa”, publicada hoje na Gazeta do Povo, a idade média com a qual os brasileiros com menos de 30 anos começaram a fumar é de inacreditáveis 17 anos. Antes mesmo de tirar o título de eleitor obrigatório, a carteira de habilitação ou até mesmo entrar na faculdade, os jovens estão adquirindo um hábito que é mortal – a primeira causa dos cânceres evitáveis no mundo.
Outra notícia negativa é que, entre os adolescentes que começam a fumar antes do 15 anos – isso mesmo, antes dos 15 –, elas ganham: a proporção de meninas que iniciam o vício antes dessa idade é 22% maior em relação aos meninos. Isso significa começar muito cedo um vício que prejudica a aparência – a nicotina destrói os dentes, deixa o cabelo ralo, a pele ressecada e provoca o envelhecimento -, a fertilidade, leva ao câncer e contribui para o aborto ou a má formação fetal – levando-se em conta o grande número de meninas que engravidam nessa faixa etária, é uma preocupação a mais.
Elas, que começaram a fumar grande parte “graças” à liberação sexual trazida pelos anos 60, quem diria, estão pondo em risco a mesma liberação, como aponta um médico: hoje, quem fuma não deve usar pílula anticoncepcional, uma das grandes conquistas femininas. Isso porque a combinação dos dois provoca “um efeito dinamite”, como aponta o médico: leva à formação de coágulos e causar um infarto ou AVC, duas ocorrências que vêm aumentando entre as mulheres.
Em tempo: a proporção de fumantes na população diminuiu nos últimos 20 anos – quase 45%. Mas é preciso correr: ainda somos 25 milhões de brasileiros com um cigarro na mão.
E você: quando começou a fumar? Conhece algum adolescente fumante? Dê seu depoimento.
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