Nesse domingo, a Gazeta do Povo trouxe uma reportagem sobre uma suposta “Sãopaulinização” de Curitiba em alguns aspectos como a mobilidade e a moradia. Tomando como exemplo nossa maior cidade, a ideia foi provocar a reflexão acerca dos caminhos que a capital paranaense toma enquanto cresce. Boa parte dessa reflexão se reverte, inevitavelmente, em propostas de solução para as problemáticas urbanas.
No meio da investigação para a matéria, no entanto, me deparei com uma afirmação reveladora da doutora em Geografia e professora da Universidade Federal do Paraná, Olga Lúcia Castreghini de Freitas Firkowski: “Resolver tudo (todos os problemas urbanos) é uma ilusão e também algo efêmero. Assim que Curitiba solucionasse o problema da moradia, por exemplo, inúmeras pessoas viriam para cá, criando novos problemas”. Ela sugere que algumas soluções momentâneas e/ou paliativas são totalmente possíveis, mas um futuro em que o ambiente urbano esteja perfeito é um sonho.
O supervisor de Planejamento do Instituto de Pesquisa e Planejamento de Curitiba (Ippuc), Ricardo Bindo, é um pouco mais otimista. Ele acredita que a desaceleração do crescimento populacional – a taxa em Curitiba passou de 5,3% nas décadas de 1970 e 1980 para 1,7% em 2007 – pode ajudar a que chegamos, ao menos, próximo do ambiente ideal. “É o que vemos em cidades da Europa, por exemplo. Melhorias que começaram lá atrás, com uma grande demanda de uma população crescente, continuam a ser feitas e privilegiam agora uma população de crescimento estável.”
Para você, é possível uma cidade resolver todos seus problemas urbanos?
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