Um novo inimigo passou a integrar o planejamento da segurança pública brasileira até 2016: o terrorismo. O Brasil, país conhecido pelas relações amistosas no contexto internacional, será sede de dois megaeventos esportivos, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. Competições desse porte são notoriamente conhecidos por se tornarem alvos de atentados terroristas, ainda mais em um país com 18 mil quilômetros de fronteiras com dez países diferentes.
Em 1972, os Jogos Olímpicos de Munique ficaram marcados pela ação do grupo palestino Setembro Negro, responsável pelo assassinato de 11 membros da delegação de Israel.
A preocupação excessiva com questões surgidas no exterior não é normal em um país com tantos problemas internos com que se preocupar. Além da ameaça terrorista, homicídios, furtos e roubos são situações corriqueiras nas principais cidades do Brasil. O controle rigoroso das fronteiras, a princípio, parece uma iniciativa visando apenas evitar ações terroristas estrangeiras, mas, no entanto, deve repercutir em benefícios para o Brasil, pois a maior parte das drogas e armas passa tranquilamente pelo frágil sistema de controle das fronteiras.
Uma das apostas do governo brasileiro para fechar as extremidades do país é o Policiamento Especializado da Fronteira (Pefron). O Ministério da Justiça deve investir R$ 90 milhões neste ano no projeto, especialmente na infraestrutura de equipamentos e ferramentas de monitoramento. A grande dúvida é se, mesmo com o projeto, o Brasil estará preparado para oferecer segurança a seus cidadãos e todos aqueles que visitam o país antes, durante e depois dos megaeventos esportivos.
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