Ontem, o Senado aprovou a licença-maternidade obrigatória de seis meses. O projeto ainda precisa passar pela Câmara para virar lei.
A ampliação do benefício de quatro para seis meses não seria uma vitória apenas feminina. Seria de todos. A falácia de que o setor produtivo perde e que as mulheres podem vir a ser preteridas no mercado de trabalho por causa do período mais extenso em casa é apenas isso: uma falácia.
Quando foi implantada a licença de quatro meses, os mesmos argumentos contra foram anunciados aos quatro ventos. O tempo passou e as coisas se acomodaram. Em 2007, 44% da força de trabalho era feminina, segundo o IBGE. E a participação vem crescendo.
Embora possa ocorrer um ou outro fato isolado, o benefício para a sociedade em geral é muito maior. E não é só a amamentação que será favorecida. Ficando mais tempo com seus bebês, as mães têm maior chance de voltar ao trabalho mais tranquilas e, portanto, mais produtivas. Os bebês terão dois meses a mais para estabelecer o vínculo afetivo essencial com suas mães, fonte de segurança e desenvolvimento emocional.
E os homens, claro, não ficam fora dessa. Não sou pai, mas posso imaginar o quanto a certeza de que seu filho está na melhor das companhias, cercado do amor materno, deve ser reconfortante para qualquer pai.
Viu? Todos ganham.
Ah, as empresas. Acredito com toda a força que todos precisam contribuir para uma sociedade mais justa, equilibrada e, principalmente, humana. E, quando a família vai bem, o primeiro passo está dado.
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