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Por Suzany Brito Dias e Agenor Gomes dos Santos Filho

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Viajar de moto pela Europa foi uma experiência pra lá de inesquecível. As ótimas condições das estradas, a excelente sinalização e o pronto atendimento transmitem segurança ao viajante, seja motorista ou motociclista.

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Nosso roteiro, de ida e volta, foi de aproximadamente 2 mil km. Durante a viagem, a única situação de que nos trouxe um certo risco foi durante o caminho de volta, quando enfrentamos uma chuva moderada e uma forte neblina na região montanhosa, na fronteira entre a França e Itália. Mas isso pode acontecer em qualquer lugar no mundo. Basta o viajante redobrar a atenção e não ter pressa em chegar ao destino.

Nas cidades, como Milão, Barcelona e Marseille, o trânsito é semelhante aos grandes municípios brasileiros. Carros disputam espaços com motos e bicicletas. O diferencial europeu, acredito eu, está na mentalidade do povo. A impressão que tivemos, tirando algumas exceções, é que existe uma cooperação mútua maior para que o trânsito flua. Notamos também que o motociclista é mais respeitado e, muitas vezes, até admirado, diferente do que ocorre aqui, onde cada vez mais somos discriminados devido a uma parcela de motoqueiros que usa o veículo de forma indevida.

Para aqueles que pensam em fazer o mesmo roteiro, nosso conselho é: sigam em frente, vale muito a pena! A diversidade de paisagens, culturas e línguas tornaram essa viagem marcante e inesquecível. E não se preocupem com a sinalização. As indicações e sinais de trânsito são praticamente os mesmos usados aqui no Brasil, mudando apenas o padrão de cores das placas.

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Também é bom ter um conhecimento básico nas línguas dos países a serem visitados. Nas lojas de conveniência pela estrada, por exemplo, nem sempre os atendentes dominam o inglês e na maioria das rodovias existem painéis luminosos com indicações úteis, como distâncias de congestionamentos e acidentes.

Um bom GPS, devidamente atualizado, deixou de ser um artigo de luxo e passou a ser indispensável. Viajar de moto usando guias ou mapas não é muito prático.
Para aqueles que pretendem se aventurar com uma motocicleta, além da escolha de um modelo que atenda melhor suas necessidades, é indispensável também a sintonia entre o piloto e o garupa. Saber ouvir e compartilhar opiniões torna a viagem menos cansativa e bem mais agradável.

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A única mudança que talvez faríamos seria no período do ano. De moto, a segurança não é opcional e andar sob um calor de 37°C usando jaquetas e equipamentos de proteção pode ser um pouco incômodo.
Após 15 dias percorrendo o litoral europeu sobre duas rodas, podemos dizer que a experiência valeu muito a pena. Talvez a sensação não seria a mesma se tivéssemos feito a mesma viagem em quatro rodas, afinal, dentro de um carro, você admira a paisagem, mas sobre uma moto, você faz parte dela.