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Luciane Horcel
Quem tem passagens aéreas compradas pela Mexicana de Aviación não tem motivos para se preocupar, pelo menos é o que afirma o gerente da companhia no Brasil, Luis Augusto dos Santos, mesmo depois de a empresa solicitar, nesta terça-feira, a entrada no Concurso Mercantil, parecido ao Chapter 11 norte-americano, ou uma concordata.

De acordo com o gerente, todas as operações da empresa seguem normalmente e os voos continuam sendo operados. “As pessoas que têm passagens compradas não precisam tomar nenhuma providência. Não existe a necessidade de troca de passagem, recolocação em outras companhias e nem solicitação de reembolso”, esclareceu o gerente.

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Apesar de os esforços de contenção de custos e investimentos realizados nos últimos quatro anos, a empresa tem registrado perdas frequentes, grande parte delas por conta de custos trabalhistas. Segundo a aérea, o custo dos salários de suas tripulações e pilotos é 49% superior à média das companhias norte-americanas. Entre as alternativas apresentadas pela empresa aos sindicatos está a venda da Mexicana a seus sindicatos pelo valor simbólico de 1 peso.

A situação financeira da empresa foi definida pela mesma como “muito complexa”, apesar dos investimentos do Nuevo Grupo Aeronáutico, a quem pertence, junto com as empresas aéreas Link e Click, que não estão sendo afetadas.

Como o destino financeiro da empresa ainda não está definido, a companhia decidiu fazer uma pausa de venda de passagens por até 15 dias. “Não estamos vendendo nesse período porque a empresa está em negociação com os sindicatos para poder achar uma solução definitiva e traçar os rumos da empresa”, disse Luís.

Para voos que partem do Brasil, nada muda, mas no site da empresa (www.mexicana.com) é possível acompanhar os voos que foram suspensos e outras reestruturações que serão realizadas em rotas internacionais.