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Por Suzany Brito Dias e Agenor Gomes dos Santos Filho

CARREGANDO :)

Viajar de trem foi uma experiência fantástica. Deixamos a região italiana do Lácio e viajamos por cerca de 390 km rumo a Bolonha. É indescritível a sensação de observar belas paisagens a velocidade média de 170 km/h. Descemos na estação ferroviária em Bolonha por volta das 08h40 e pegamos um táxi rumo a fábrica da Ducati. Foi a primeira frustração da viagem. Chegando na recepção, fomos extremamente mal atendidos. O funcionário nos informou as visitas deveriam ser agendadas por telefone, porém no próprio site da fabricante italiana (na seção visite a Ducati), não consta esta informação. Tentei argumentar com o atendente, mas não teve jeito. Demos meia volta e pegamos um táxi para o centro.

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Nosso trem para Milão estava marcado somente para 12h40. Aproveitamos este tempo para dar uma volta e almoçar. Durante o trajeto até Milão, o nível de frustração foi diminuindo e a ansiedade foi aumentando, afinal, em breve pegaríamos a moto na locadora para então no dia seguinte iniciarmos nossa viagem em duas rodas.
Antes de irmos para o hotel, fomos a uma loja de artigos de moto comprar meu equipamento. Novo imprevisto: a loja estava fechada. Foi então que lembrei do conselho de minha chefe e amiga Juliane, que me alertou várias vezes sobre o funcionamento de algumas lojas na Itália. É muito comum o comércio fechar para o almoço e reabrir somente após as 15 ou 16 horas.

Depois do check-in no hotel, fomos até a locadora de motos na cidadezinha de Crema, a 20 km de Milão. Moto retirada, nossas emoções ficaram a mil, e não é por menos! A moto nada mais é que uma super esportiva equipada com um motor de 1000 cilindradas com 187 cavalos. Esta máquina pode fazer de 0 a 100 km/h em apenas 2,7 segundos e é capaz de atingir mais de 150 km/h apenas na primeira marcha. Dez dias de locação desta moto custaram 1.200 euros, com kilometragem livre.

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Voltando para o hotel em Milão, o trânsito complicado e a temperatura perto dos 36°C fizeram o motor atingir os 120°C obrigado-me a parar a moto e deixá-la com o motor de arrefecimento ligado para tentar esfriá-la. Resumindo, a bateria descarregou rapidinho e ficamos na mão. Como já era 18 horas, não conseguimos ajuda mecânica e minhas duas tentativas de fazer a moto pegar no tranco não deram certo. Tive então de empurrar a moto até o hotel, que estava a 1,2 km de distância. Somente lá que consegui contactar a locadora, que prestou socorro em 1 hora e meia. Como nossa passagem em Milão foi bem corrida, ficaremos devendo fotos para a volta.