• Carregando...
Expedição 1000 Dias rumo ao Pacífico
| Foto:

Por Ana Biselli e Rodrigo Junqueira

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
Igreja ucraniana, em Prudentópolis.

Nesta última semana deixamos Curitiba definitivamente, agora em direção ao oeste, rumo ao Oceano Pacífico. Pelo caminho, o estado do Paraná, o Paraguai, o sul da Bolívia, o norte da Argentina, a travessias dos Andes e, finalmente, o Chile. Nesta semana, cruzamos o Paraná, passando pelas cidades de Prudentópolis, terra das cachoeiras gigantes e colonização ucraniana e Foz do Iguaçu, das famosas cataratas e da gigantesca usina de Itaipu. Ainda tivemos tempo de dar um pulo no Paraguai e outro na Argentina, países que fazem fronteira com o Brasil naquele ponto. Finalmente, no final da semana, deixamos o Brasil para trás, entrando no Paraguai rumo às belas ruínas da Missão em Trinidad, no sudeste do país.

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
Salto São Francisco, o maior do país, em Prudentópolis.

Quem nos acompanhou durante essa semana foi a Patrícia, mãe da Ana. Foi muito legal ter mais alguém dentro da Fiona, nosso carro, para repartir conversas e impressões. A primeira parada, em Prudentópolis, já se mostrou espetacular, com várias cachoeiras gigantes e caudalosas, como o Salto São Francisco, com quase 200 metros de altura. A visão de suas águas caindo neste gigantesco canyon são emocionantes, uma amostra de como a natureza pode ser grandiosa.

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
Salto São João, em Prudentópolis.

Esse Salto é apenas um entre muitos, como o Salto São João, o São Sebastião e o Barão do Rio Branco. Alguns são mais altos, outros mais caudalosos, outros geram energia para as cidades mas todos tem algo em comum: água gelada nesta época do ano. Assim, elas são cachoeiras para serem vistas e comtempladas, mas não “nadadas”. Outra atração da cidade é a herança ucranianana, que pode ser vista e sentida na arquitetura de suas igrejas, na feição e sotaque de seu povo e no paladar de sua comida.

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
As Cataratas do Iguaçu, no passeio de barco, do lado brasileiro: a melhor visão das quedas.

A próxima parada foi em Foz do Iguaçu. É uma cidade cheia de atrações mas, sem dúvida nenhuma, a mais importante e magnífica delas são as Cataratas do Iguaçu, impressionante monumento natural de padrão mundial. É um dos cartões postais mais conhecidos do país e não é por menos: são centenas de cachoeiras, cascatas e cataratas por onde bilhões de litros d’água caem todo segundo, formando paisagens inesquecíveis para quem as visita. É emocionante!

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
A visita do lado argentino proporciona a melhor visão aérea das Cataratas.

As cataratas formam a fronteira com a Argentina e, nos dois países foram criados parques nacionais há mais de 70 anos para protegê-las e preservá-las. Para conhecer todo o seu encanto, o ideal é visitar os dois lados do rio, os dois países, os dois parques nacionais. E assim o fizemos, primeiro do lado brasileiro, de onde se tem a melhor vista “de baixo” e depois do lado argentino, de onde se tem a melhor vista “de cima”. E a visita do lado argentino ainda tem a vantagem de, depois, podermos comer a melhor carne do mundo, num dos restaurantes da tranquila Puerto Iguazu.

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
A grandeza da Usina de Itaipu. As visitas são guiadas.

Outro atração interessantíssima de Foz é uma visita guiada à Usina de Itaipu, ainda hoje a maior do mundo em geração de energia, mesmo quase trinta anos após ser construída. Tudo ali é gigantesco e só começamos a ter alguma noção do tamanho quando nos aproximamos das peças e estruturas. Por exemplo, por cada uma de suas vinte turbinas passa água equivalente à metade da água das cataratas do Rio Iguaçu. Para realmente se ter uma idéia da usina, recomendamos a visita especial que, além de visitar a parte externa, também dá uma volta em suas incríveis instalações internas.

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
Ruínas jesuitas de Trinidad, no sudeste do Paraguai.

Enfim, chegamos ao dia de deixar o Brasil, para onde só retornaremos em mais de um ano. Já tínhamos entrado no Paraguai dois dias antes, para fazer algumas compras em Ciudad del Este, mas dessa vez entramos para ficar. O primeiro destino neste país foram as ruínas jesuíticas em Trinidad, pequena cidade no sudeste do país. São de uma beleza incrível e muito me lembraram as ruínas jesuíticas que temos no Rio Grande do Sul. Fizemos um belo passeio à pé por entre igrejas, casas, paredes e colunas, testemunhos silenciosos de uma época de glória, quase três séculos atrás. Depois, de noite, um passeio ainda mais belo, agora acompanhado de um guia e de som ambiente, a mesma música tocada antes pelos indígenas guaranis que habitavam essas missões. Foi emocionante! Começamos a visita ao nosso vizinho com o pé direito!

Ana Biselli e Rodrigo Junqueira
A visita noturna às ruínas de Trinidad deixa o lugar ainda mais bonito.

Na próxima semana, continuaremos nossa jornada rumo ao oeste, vistando Assunción, capital paraguaia e também as vastidões do Chaco, região pantaneira no leste do país. Ao final da semana, deveremos chegar ao próximo país da nossa expedição, a Bolívia.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]