Nesta terça-feira (13), acordei cedo (6h30) para conhecer San Martin de Los Andes. No café da manhã, um prato típico da região: panqueca com doce de leite e canela, uma delícia, comi três.
Para ajudar na digestão, caminhei até o centro da cidade (localizado a 1 km do hotel), onde peguei o Red Bus – um ônibus vermelho semelhante aos que fazem o circuito turístico em Londres. O passeio, que dura uma hora, percorre toda a cidade, que não tem grandes atrativos, além do lago Lascar e algumas construções históricas de estilo colonial.
Depois do city tour, conheci a La Pastera, museu do Che. Neste lugar, um galpão, Ernesto Guevara de la Serna e Alberto Granada, ficaram hospedados durante a primeira viagem que fizeram pela América Latina em 1952. A história desta viagem foi contada em um livro de Che Guevara e no filme Diários de Motocicleta, do diretor brasileiro Walter Salles. O diretor e o ator Gael Garcia Bernal, que interpretou Guevara, visitaram o museu, que foi utilizado como uma das locações do filme. O lugar guarda fotos, diários e objetos pessoais do revolucionário argentino.
À tarde, depois do almoço, segui para Villa de La Angostura, localizado a 100 km de San Martin de Los Andes. Para chegar lá, usei o famoso e belo “Caminho dos Sete Lagos”. Mesmo com uma ideia do que iria encontrar, não esperava que uma estrada de chão batido pudesse superar tanto as minhas expectativas. A viagem, que normalmente é feita em uma hora, durou três. Dessas, gastei duas apenas para fotografar e contemplar a beleza de natureza.
No fim do dia (19h30), o sol ainda brilhava, chegamos a Villa de La Angostura, município conhecido como “Coração dos Lagos” e “Jardim da Patagônia“. La Angostura está a 100 km de Bariloche, a 20 km do Chile e a 200 km do Oceano Pacífico.
Famoso destino de inverno, com várias pistas de esqui e snowboard, a cidade foi a mais atingida com as cinzas do vulcão Puyehue, que entrou em erupção em abril do ano passado. Embora a pequena cidade, de 15 mil habitantes, tenha se recuperado, ainda é possível enxergar as cinzas no telhado de casas, hotéis e restaurantes. Mas nada comparado as 27 toneladas retiradas ao longo dos últimos meses.
Nesta quarta-feira vamos conhecer o Bosque de Arrayanes. Arrayán é uma espécie de arvore centenária (algumas têm 500 anos), típica da região. Depois vamos embarcar em um navio e percorrer o Lago Nahuel Huapi. Continue acompanhando nossa viagem pelo blog!