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Por: Daniel Castellano.

Recebi o convite da editoria de Turismo para conhecer o Parque da Serra da Capivara, no Piauí, com a incumbência de saber o que há de bom por lá e, depois, contar aos nossos leitores. Aceitei o desafio de escrever textos longos, já que sou repórter fotográfico e, geralmente, escrevo somente as legendas das fotos… mas vamos ver no que dá.

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O voo da Gol saiu de Curitiba com destino a Petrolina interior de Pernambuco na manhã do dia 16 de novembro. Na hora do almoço a parada obrigatória é o Bodódromo, concentração de restaurantes que servem pratos típicos utilizando a carne de bode e carneiro. Lembre-se, quando chegar ao nordeste, que a região não adota o horário de verão.

A viagem até a cidade de São Raimundo Nonato leva mais ou menos 5 horas pelos 380 km de estradas, deve-se ter paciência pelo menos durante alguns meses, máquinas estão trabalhando em cerca de 15 quilômetros.

As estradas no entorno do parque são sinalizadas e com boa conservação.
Cuidado com os animais na pista como bodes, carneiros e vacas.
Notei uma bebida no café da manhã com um nome que nunca tinha visto: Umbuzada, logo fui saber que ela é feita com a fruta Umbu, encontrada na caatinga, depois é cozida e retirada a polpa e misturada com leite, o resultado é uma vitamina com gosto azedinho.

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A agenda do dia 16 de novembro foi lotada. Muitas visitas a sítios arqueológicos e, à noite, cobertura do festival Acordais.

A paisagem da caatinga no interior do Piauí: casas coloridas de desenho básico e construção simples devido ao calor que faz o ano inteiro, muitos cactos e vegetação seca marcam a viagem. Uma destas casas é a de dona Maria de Jesus Souza Santos, 63 anos, nascida e criada na localidade de Limoeiro em São Raimundo Nonato.

À noite, na toca do boqueirão da pedra furada, uma cobra falsa coral atraiu as lentes e os flashes também.

O festival cultural Acordais durou três dias e contou com a participação de atrações regionais além do ator global Marcelo Airoldi. Dois curitibanos roubaram a cena, Carlos Daitschman contador de histórias abriu o festival do alto da pedra furada, e Silvia Wy’ a Poty que reuniu dança, psicologia e ecologia em seu espetáculo Telúrica.

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No dia seguinte, o tatu de uma das entradas de São Raimundo Nonato virou celebridade nas lentes.

Na visita à cerâmica Serra da Capivara fomos surpreendidos por um presente inusitado, canecas com os nomes dos jornalistas esperavam em um dos fornos.

Na pausa para um lanche, experimentei a cajuína bebida adocicada feita a partir da fervura do Caju, que tem que ser consumida gelada.

Pequenas borboletas verdes podem ser vistas em todas as estradas do parque. Junto com isso, a chuva — que para nós é comum, mas não para quem mora no sertão –rouba a cena.

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O ultimo dia de cobertura foi mais tranquilo, manhã livre para conhecer a cidade de São Raimundo Nonato, mais próxima e com melhor estrutura para atender os visitantes do Parque
Vida pacata no centro da cidade de 35 mil habitantes.

No mercado central pode ser encontrado de roupas a lamparinas feitas com latas reaproveitadas. Ruas de paralelepípedo e comércio regional marcam a cidade. No açougue, é possível ver a carne de bode, animal muito consumido na região.

Depois disso, ainda fizemos uma visita a fundação pró-arte, um dos projetos sociais da Fumdham, e jantamos no Restaurante e Camping Sitio do Mocó.
Lá, tive a oportunidade de ver e fotografar a flor do cacto Mandacaru que só abre depois das 23:00.

Depois de um probleminha de vazamento de óleo do motor, e um pouco de stress para chegar a tempo de pegar o voo, conseguimos retornar sem problemas.

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Não perca: Esse foi só um aperitivo do que será a matéria sobre a região a ser publicada no Caderno de Turismo da Gazeta do Povo. Fique atento às quintas-feiras e leia a matéria completa com as fotos das atrações e paisagens impressionantes do Parque nacional da Serra da Capivara.