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Mil dias pelas Américas: de Miami a Vila Velha
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Fotos: Arquivo pessoal
Taça em granito do Parque de Vila Velha, em Ponta Grossa: cartão-postal do Paraná.

Por: Ana Biselli e Rodrigo Junqueira

Muitas pessoas acham estranho termos começado esta viagem pelo Caribe, afinal, “vocês não vão viajar de carro?”. Esta pergunta é frequente e a nossa resposta bem simples e prática: sim, vamos viajar de carro por toda a América e todas as ilhas do Caribe. Entretanto vocês concordam que não temos como ir de carro para as ilhas, pois a Fiona não é um carro anfíbio, certo? Assim sendo temos que ir de avião e incluímos no nosso roteiro cinco investidas ao Caribe. A primeira delas foi agora, já que tínhamos algumas milhas aéreas que precisavam ser utilizadas. Foram 40 dias entre Miami, Flórida Keys, Bahamas, Turks e Caicos, Porto Rico e Ilhas Virgens. Cumprida esta etapa pegamos estrada na nossa pequena Fiona.
No caminho de volta ao Brasil passamos novamente por Miami e aproveitamos para fazer algumas comemorações com os amigos. O Marcelo e Su novamente nos receberam de portas abertas em um fim de semana realmente especial para a família. Sábado, 8 de maio, foi o aniversário da Su e, no dia seguinte, o Dia das Mães. Lá estávamos nós, os dois viajantes “intrometidos” comemorando com eles. Para retribuir também tínhamos uma comemoração muito especial para compartilhar, o nosso aniversário de primeiro ano de casamento!


Em Miami, casal comemora primeiro ano de casados durante a expedição.

Reservamos uma noite para conhecer um lado de Miami que ainda não estava no roteiro: bons restaurantes e pistas de dança badaladíssimas, turismo de luxo para dois mochileiros. Na noite do dia 8, fomos ao Mr. Chow, um restaurante chinês maravilhoso no W Hotel. Brindamos ao aniversário da Su no sábado e assim que virou meia-noite brindamos ao nosso aniversário de casamento. Depois do jantar, balada com outro casal de amigos no Short Club Hotel, outro hot spot em South Beach. Foi sensacional, colocamos a conversa em dia sob a luz das estrelas ao lado da piscina e com uma trilha sonora de primeira. Animados ainda seguimos para a pista de dança e fechamos a temporada com chave de ouro!
É uma sensação engraçada ir para o aeroporto depois de uma viagem dessas sem aquela depressão pós-férias que todos já tiveram um dia. Desta vez estamos voltando para casa para continuar uma viagem que está só no início. Começamos aqui mesmo, em Curitiba, escolhemos nossos parques preferidos para visitar. O Bosque do Alemão, mágico, conta a história de João e Maria e tem uma vista linda da cidade, pena que o mirante está interditado. A estrutura de madeira está debilitada e precisará de licitação para a reforma, em ano eleitoral ainda? Queremos só ver quanto tempo irá demorar.


Bosque do Alemão: espaço encantado no meio de Curitiba.

Depois fomos até a Unilivre, outro cantinho especial no meio do Pilarzinho, com uma trilha no meio da mata para chegar à pedreira e ao lago, um pedaço de silêncio no meio da cidade. Quem tiver um pouco mais de tempo, pode aproveitar e fazer um passeio um pouco mais longo e muito mais exótico.


A Unilivre é uma opção de passeio no bairro do Pilarzinho, na capital paranaense.

O Parque Estadual de Vila Velha fica a mais ou menos 100km de Curitiba em direção a Ponta Grossa. A maioria dos curitibanos já conhece desde pequeno, pois é um dos destinos preferidos das escolas para atividades extraclasses. O parque foi todo reformado, possui uma estrutura completa para recepção dos turistas, vídeo explicativo sobre as formações de Arenitos, Furnas e Lagoa Dourada.


Rodrigo no Parque Estadual de Vila Velha: arenitos milenares.

Ficamos impressionados com a estrutura, que por um lado tira todo o ar de aventura, mas por outro conserva e mantém a beleza natural e espécies nativas. O Rodrigo ainda não conhecia, mas a Ana, curitibana da gema, já havia visitado o parque em diversas épocas. Subia nos arenitos, caminhava pela mata cheia de quatis e adorava a Gruta da Pedra Suspensa. Hoje nada disso pode ser feito, a Gruta é área de reprodução dos Andoriões. Os Arenitos estão isolados, já que vários turistas vândalos não se contentavam apenas em subir para tirar uma foto e pichavam seus nomes destruindo as paredes de arenito esculpidas pela natureza a milhões de anos. O restaurante que ficava na base dos Arenitos foi fechado, pois despejava seu esgoto direto no riacho que passa por ali. O IAP está fazendo um belo trabalho para conservar o parque e torná-lo acessível a todos, principalmente às espécies nativas.
Às vezes não precisamos ir longe para nos refugiar da loucura e estresse diários, esses parques estão logo ali, é só olhar para o lado.


Furnas: elevador foi fechado há 10 anos para preservar o local da erosão.

Guia explica a formação das cavidades naturais de Furnas.

Próxima semana
Faltam apenas 946 dias, pegamos a estrada e vamos subir o Brasil de carro, começando pelo Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar). O roteiro segue em direção a São Paulo passando pela Ilha do Cardoso e Juréia.

Acompanhe a viagem de Ana Biselli e Rodrigo Junqueira todas as quintas-feiras em nosso blog. Também acesse o site dos aventureiros: http://www.mildias.com.

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