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Por Ana Biselli e Rodrigo Junqueira

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Nesta última semana de agosto, fizemos um trekking até o alto de um vulcão com quase seis mil metros de altura, na cidade de Arequipa, no Peru, famosa pela beleza das suas construções históricas. Também na região, estivemos no mais profundo canyon do mundo, duas vezes maior que o Grand Canyon americano. Em seguida, seguimos para Nazca onde, a bordo de um pequeno Cesna, sobrevoamos as famosas linhas no deserto que há décadas desafiam a imaginação das pessoas e cientistas. Por fim, fomos relaxar no Oásis de Huacachica, em meio a algumas das maiores dunas de areia do continente.

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A semana começou com a entrada em um novo país, o Peru, o vigésimo terceiro dessa jornada pelas Américas. Seguimos diretamente para Arequipa, a segunda maior cidade do país e, talvez, a mais bela. Todo o seu centro histórico foi construído utilizando-se as pedras vulcânicas da região, chamada de Sillar, de tonalidade branca. Assim, é esta a cor da catedral, dos museus e também da pomposa e movimentada Plaza de Armas e sua fachada de arcos duplos.

Logo no nosso primeiro dia na cidade fomos de carro até o incrível Canyon Colca, que chega a atingir mais de 3 mil metros de profundidade. Seus habitantes mais famosos são os condores, as maiores aves de rapina do planeta que, graciosamente, voam sem bater suas asas ou fazer esforço, aproveitando-se das correntes térmicas da região. Por falar nisso, nós aproveitamos foram as águas termais do local, para um banho relaxante.

No dia seguinte, acompanhados de um guia, partimos rumo ao topo do vulcão El Mistí, que está adormecido há quase 600 anos, apesar de continuar soltando gases pela sua gigantesca caldeira. Foram dois dias para chegarmos ao cume, a 5.830 metros de altura, um esforço compensado pelas paisagens magníficas, tanto durante a subida como lá de cima, de onde se pode observar centenas de quilômetros à frente. Foi um trekking com direito à noite gelada e passagens por gelo, neve e muita cinza vulcânica.

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Para descansar, nada como um dia tranquilo na cidade, visitando igrejas, museus e o famoso convento de Santa Catalina, uma verdadeira cidade dentro de outra cidade, local onde, durante séculos, centenas de freiras viveram em sistema de clausura total. A arquitetura do convento é linda, fruto de muitos e muitos anos de aprendizado contra os terremotos comuns da região.

De Arequipa seguimos diretamente para Nazca, onde tínhamos voo marcado para fazer o sobrevoo das famosas linhas do deserto. O voo, em si, já é uma aventura, com o pequeno avião fazendo manobras bruscas no ar para que todos os passageiros possam observar de perto as linhas enigmáticas. São grandes desenhos que só podem ser admirados por quem os olha do céu. Até hoje ainda se discute como e para quem foram feitas essas incríveis figuras, por um povo que ali viveu há mais de mil anos.

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Ainda no mesmo dia seguimos nossa viagem para o norte, a tempo de chegar na pequena Huacachina, um pequeno oásis encravado no meio de dunas gigantescas com mais de 100 metros de altura. Como chegamos de noite, foi só pela manhã que pudemos admirar esse visual fantástico, sensação de estar em pleno deserto do Saara. Não pensamos duas vezes e fomos logo subindo as dunas, pois é lá de cima que se tem a melhor visão geral da região. Após o grande esforço, fomos descançar ao redor da lagoa que fica no meio das dunas, onde há vários restaurantes e pousadas. Foi uma semana de perder o fôlego!

Na próxima semana chegaremos à Lima, a capital do país e a mais importante cidade do continente por mais de 200 anos, quando era o centro administrativo de toda a américa espanhola. De lá seguiremos para Huaraz, a “capital” da Cordillera Blanca, a região mais bela do país, com muitos vales e montanhas nevadas, onde pretendemos fazer um trekking de alguns dias para melhor conhecer suas belezas naturais