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As novidades do circuito de museus curitibano
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“Ver-me-lhes”, de Joana Corona, uma dos 12 artistas com exposição no Centro Cultural Solar do Barão

Curitiba pode não ser uma São Paulo. Está longe de ter a mesma quantidade de atrações culturais que a capital paulista. Exposições, então, nem se fala. Mas, basta um olhar pelo roteiro de artes visuais do Guia da Gazeta do Povo e do Caderno G impresso para verificar que há muitas novidades nos museus e espaços culturais da cidade. E, o melhor, todas gratuitas.

E se em São Paulo é preciso andar grandes distâncias entre uma mostra e outra, aqui está quase tudo num pequeno circuito no Centro da cidade – à exceção do MON, no Centro Cívico, e de algumas galerias de arte no Juvevê e no Batel.

O passeio pode começar pelas quatro mostras recém-abertas no Museu Alfredo Andersen, na Mateus Leme, 336. Em Mandingas Budistas, o público adentra em um cenário instigante construído pelo artista e professor da Escola de Música e Belas Artes do Paraná, Fabrício Vaz Nunes, a partir de intervenções urbanas que realiza desde 2008.

Na casa do mestre
Ali estão pequenos budas instalados em árvores, em posições que desafiam a gravidade. A intenção de Fabrício é “criar uma situação esquisita, algo que tire a cabeça do sujeito normal, do transeunte, da sua normalidade de todos os dias”.

O anfitrião do espaço, Alfredo Andersen (1860-1935), também tem um recorte de suas obras em uma mostra temporária. São as telas produzidas pelo “pai da pintura paranaense”, como é conhecido, durante o período em que viveu na Noruega, seu país natal.

A cor se impõe nas esculturas que o arquiteto e artista plástico Glauco Menta reúne em Plano-Espaço. As formas arredondadas e multicoloridas dos objetos de cerâmica se assemelham às das gravuras – que mesmo bidimensionais suscitam no espectador a sensação de ver em três dimensões.

Já em Tapumens, Tarcísio Costa registra elementos dos escombros da cidade em imagens em preto-e-branco que têm como suporte tapumes inutilizados e resgatados da construção civil.

Bolsa Produção
Alguns passos adiante, na Rua Carlos Cavalcanti, 533, o Solar do Barão abriga nada mais do que 12 mostras individuais de artistas com projetos contemplados no edital Bolsa Produção para Artes Visuais 2009. Eles exibem o resultado de suas pesquisas nas salas do Museu da Gravura e do Museu da Fotografia, abrigados no palacete.

Participam desta que é a quarta edição do programa os artistas Ana Bellenzier, Clovis Cunha, Deborah Bruel, Gilberto Kosiba, Joana Corona, Margit Leisner, Pierre Lapalu, Marisa Weber, Nicole Lima, Gustavoprafrente, Juliana Gisi e Mainês Olivetti.

Quem quiser ver as obras e depois discuti-las com os próprios artistas terá chance de encontrá-los em dois momentos, nos dia 27 e 28, às 19 horas, na Sala Scabi do Solar do Barão.

Chuva na Caixa
Está chovendo dentro da Caixa. Uma pernadinha pela Rua XV até a Conselheiro Laurindo, 280, será compensada debaixo das quatro mil lâmpadas incandescentes cheias de água presas ao teto da Galeria da Caixa. É a instalação “Lágrimas de São Pedro – Acalento ao Sertão Nordestino”, do baiano Vinícius S.A, que reproduz os raros e aguardados momentos de chuva no sertão nordestino para tratar da relação sagrada do morador da zona rural com a chuva.

Além destas exposições, recém-abertas, uma ida ao MON (R. Mal. Hermes, 999) pode render uma tarde inteira de passeios pelas grandes salas que pode ser finalizada com um cafezinho, ali no café do Museu. Estão ali mostras de Marcello Grassmann, Martín Chambi, Miguel Baku e Oswaldo Guayasamín.

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