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A sociedade da informação (ou da desinformação) é o tema de As Ruas de Bagdá ou Aranha Marrom Não Usa Roberto Carlos, peça da Mostra Novos Repertórios, apresentada por três jovens atrizes curitibanas recém-saídas da faculdade.

Elas experimentam transformar em cenas e projeções a comunicação por links, própria da era digital, que as leva de aranhas a Roberto Carlos em um segundo, numa sucessão de associações e trocadilhos, recheados de referências pop de quem nasceu em meados da década de 1980. Também recriam um programa de auditório, fazendo alguma graça da fórmula. E perpassam, pela teia narrativa, uma frágil história sobre um amor que se despede. O tom é declamatório na maior parte do tempo e a redundância, um artifício constante.

Por enquanto, com esse espetáculo que inaugura a companhia ACruel, ilustram e repetem uma realidade que as cerca e deve intrigá-las, sem avançar na construção de um olhar que seja propriamente uma crítica a respeito do que veem.

Em tempo: Outra vez, um atraso de 30 minutos na Mostra Novos Repertórios, que atrapalha os planos de quem pretende emendar outra peça do Fringe.

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