Dira Paes é a atriz que mais atuou em filmes nacionais – em 25 anos de carreira, que completa este ano, foram quase 30, entre eles Amarelo Manga e Baixio das Bestas, de Cláudio Assis.
Por isso, a paraense foi homenageada ontem pelo Cine PE – Festival do Audiovisual de Recife, que se realiza até 3 de maio. O evento já concedeu o Troféu Kalunga de Ouro, na segunda-feira, noite de abertura, ao cineasta grego Constantin Costa-Gavras, que exibiu seu filme mais recente pela primeira vez no Brasil, Éden a l’Ouest.
Ainda serão homenageados o diretor Roberto Farias (O Assalto ao Trem Pagador)e o Canal Brasil.
Após receber o troféu das mãos da produtora Luci Barreto, a atriz disse estar muito honrada com a homenagem. “É um festival que vi nascer e no qual me inspirei para realizar o Festival de Cinema de Belém”, disse.
A atriz conta que, aos 15 anos, encenava com os colegas obras da literatura para o professor do cursinho. Nesta época, foi convidada para fazer um teste para atuar em A Floresta das Esmeraldas, do cineasta norte-americano John Boorman, e passou. “Eu disse a ele:’você me descobriu, eu teria sido engenheira’. E ele me disse: ‘Não, eu reconheci você'”, conta.
A atriz, que interpreta a fogosa Norma na novela Caminhos das Índias, na TV Globo, dedicou a homenagem ao filho de 1 ano. “Hoje de manhã, ele deu o primeiro passinho.”
