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Queridinha do momento, a banda paulista Holger toca no Jokers na noite desta sexta-feira (4). Em resumo rápido: um projeto de pós-rock (projeto:) que destilava músicas de 15 minutos virou um grupo indie chamado Holger, que por sua vez lançou um ótimo EP (The Green Valley). A banda ficou “moderna”, se encheu de influências surradas mas que nunca falham e entrou no estúdio para gravar o álbum Sunga, lançado pela Trama e que figurou em algumas listas dos melhores de 2010.

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Com apenas dois anos de vida, o grupo é mais um daqueles que conseguiu relativo sucesso fora do país para depois despontar por aqui. Tocaram ao lado de gente como Dirty Projectors, No Age, Matt and Kim e Super Furry Animals, e participaram dos festivaizões South by Southwest (EUA) e Pop Montreal (Canadá). Se me perguntarem, digo que prefiro o EP ao disco. Mas dizem por aí que os shows da Holger são realmente bons. A conferir.

A Holger é formada por Pedro (Baixo/ Guitarra/ Percussão/ Voz), Arthur (Banjo/ Bateria/ Cavaquinho / Guitarra/ Percussão/ Voz), Tché (Baixo/ Guitarra/ Voz), Marcelo (Baixo/ Banjo/ Guitarra/ Outro/ Voz) e Bernardo (Baixo/ Bateria/ Guitarra/ Percussão/ Voz).

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Marcelo (conhecido como Pata), conversou com o blog por e-mail. Dá uma lida e confira o serviço do show lá embaixo.

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Assim como a banda Garotas Suecas, Holger parece ser um grupo que
despertou para público e crítica primeiro fora do Brasil do que em seu
próprio país. Vocês concordam com isso? E qual seria o motivo?

Não sei despertamos a mídia e público antes lá fora do que aqui, logo não sei se concordo. Mas tanto aqui quanto lá fora as coisas continuam crescendo e ainda há muito o que fazer.

Houve uma mudança de sonoridade significativa entre o EP Green Valey e
o disco Sunga. Isso foi planejado, pensado ou aconteceu naturalmente? O
Holger é mais Holger hoje, depois do disco finalizado?

Tudo aconteceu naturalmente, mudamos muito nossos hábitos, logo mudamos o que ouvíamos e tocávamos. Frequentamos muitos festivais e festas. O Holger hoje tem mais a cara de uma banda e não só cinco amigos se divertindo. Convivemos e viajamos muito juntos, sem falar que todo o processo de gravação nos unificou bastante.

Tocar ao lado de bandas internacionalmente reconhecidas e participar dos festivais South by Southwest e Pop Montreal foi essencial para o amadurecimento do grupo? Ou isso poderia ter acontecido no Brasil, de outra forma?
A experiência de tocar em grandes festivais dentro e fora do Brasil sem dúvidas interferem muito no processo de amadurecimento de uma banda. Você convive com pessoas que já viveram tudo que você está vivendo, aprende diferentes maneiras de usar seus instrumentos, de falar com o público e trabalhar com o mercado.

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No Planeta Terra de 2010, a banda foi apontada como um dos destaques
entre as brasileiras e dividiu o público com o show do Of Montreal, que
estava no palco principal. Como foi a experiência para vocês?

Foi muito bacana fechar o ano tocando em um festival como o Terra. Somos de São Paulo, e o Terra é o maior festival da cidade; de cima do palco víamos nossos amigos de sempre, de bandas, da vida, sem falar de outras 5 mil pessoas curtindo junto. Foi uma grande realização, e lá ainda rolou de sermos reconhecidos por gente que admiramos como Passion Pit e Phoenix. Isso sem falar na chance de ver o Pavement.

Por quê compor em inglês?
Na verdade nem sei mais. Quero passar a compor em português. Mas música não tem língua, né?

Apesar de atingir um público específico ao falar da noite, de dança,
de satisfação etc – o que faz eco com a curitibana Copacabana Club — as
letras são apontadas como o ponto fraco do grupo. Como veem essas
críticas?

Engraçado ouvir isso, nossas letras sempre foram uma das partes mais elogiadas do nosso som. Nunca tínhamos ouvido esse tipo de comentário.

A solução para viver de música é fazer shows? Ou vender discos e
músicas pela internet ainda é importante?

A solução é ter um plano B, acredito. Mas a maior renda está em shows e discos vendidos em shows. A internet sempre foi fundamental para nossa divulgação e não vai deixar de ser, tanto que disponibilizamos nosso disco de graça na Trama, nosso selo.

Qual a rotina de vocês hoje e como conciliam as atividades?
Temos rotinas diferentes, eu sou estudante de medicina, o Tché trabalha em uma produtora de filmes, o Rolla estuda jornalismo e o Arthur é formado em filosofia, e o Pepe trabalha em uma locadora de vídeo. Costumamos ensaiar de sábado mas como não temos nenhum final de semana livre até maio vamos passar a ensaiar de dia de semana quando der. Queremos voltar a compor, essa é a meta agora.

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Pode contra um pouco sobre o início da banda, como se conheceram?
Nos conhecemos no colégio. Mas eu e o Arthur, baterista, nos conhecemos desde que nascemos. Tínhamos uma banda antes do Holger chamada projeto:, com a Irina, do Garotas Suecas. Tocávamos post rock, músicas instrumentais de 15 a 20 minutos. Era um som denso, difícil. Depois de um tempo o projeto: acabou e para suprir a falta de ter banda passamos a criar musicas e gravá-las durante longas noitadas. Daquilo saiu o Holger.

O que esperam do show em Curitiba?
Nosso primeiro show aí, em março do ano passado, foi surpreendente. Somos muito amigos de bandas daí, esperamos todos lá. Adoramos Curitiba e estamos esperando esse show faz tempo…

Serviço:
Holger e Homemade Blockbuster
Jokers (R. São Francisco, 164), (41) 3324-2351. Dia 4 às 22h. R$30.
Após os shows, discotecagem com a dupla Drunk Disco, Guga Azevedo e DJ Ronypek.