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Marisa Orth faz “Romance” com humor
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Por Aldrin Cordeiro

Divulgação/Priscila Prade

Luzes se apagam. Silêncio pelo teatro. As cortinas se abrem e uma luz vermelha ilumina o cenário. Uma banda ao fundo e a vocalista com um chapéu à frente. Ao som do sucesso “Fama de Mau” de Erasmo Carlos, o espetáculo Romance, estrelado pela atriz/cantora Marisa Orth, elevou o público ao tom da noite em única apresentação durante o Festival de Curitiba, na segunda-feira (23), no Teatro Positivo.

Com a mistura de músicas, texto e improvisação, Marisa Orth comandou o show com jogo de cintura e bom humor. Mesmo após alguém chamar por Magda, célebre personagem vivida pela atriz no extinto humorístico Sai de Baixo da Rede Globo, a artista nem ligou e continuou o espetáculo. A plateia, meio tímida no início, se soltou com as canções que abordavam o amor. Como Marisa mesmo descreveu, “espero que vocês se reconheçam em algumas palavras, versos ou estrofes”.

Formado por uma audiência feminina, em sua grande maioria, as canções apresentadas se relacionaram com o público. Porém, a relação de “romance” entre Marisa e os presentes realmente aconteceu quando a atriz desceu do palco e conversou com alguns membros da plateia.

Já com um vestido vermelho e uma fenda na perna esquerda, o público masculino se animou na entrada da atriz, Marisa com um copo de vinho, interpretando estar bêbada, cai no palco após uma canção. E aí começou a interação com o público.

Com algumas perguntas indiscretas, e respostas ávidas, e até sem jeito, do público curitibano, o show tomou forma e mostrou para que veio. Fazer as pessoas pensarem no tipo de relacionamento afetivo que possuem, querem ou buscam. No entanto, sem levar nada muito a sério. Afinal, o intuito era rir das situações.

Divulgação/Priscila Prade

Entre uma conversa e outra com o público, Marisa contou experiências próprias na sua trajetória do amor, “com nuvens rosas e azuis”. Verídicas ou não, sempre há algo que cada um pode se remeter quando o assunto é relacionamento. Isso ficou claro, e foi neste ponto que o espectador se encontrou com o show.

Com um time de músicos muito bem afinados, Carneiro Sândalo (bateria), Paulo Bira (contrabaixo), Alê Prade (teclados), Marco Camarano (guitarra) e Hugo Hori (sopros), Marisa Orth brindou os apaixonados com a balada clássica “I’m Not In Love” do grupo setentista 10cc. Ao brincar com uma tradução simultânea da música, aplausos da plateia foram fáceis consequências.

Porém, foi ao entoar os versos “Todos acham que eu falo demais/E que eu ando bebendo demais/Que essa vida agitada/Não serve pra nada/Andar por aí/Bar em bar, bar em bar” que o público se aqueceu, já ao fim do espetáculo. A canção “Demais”, de Maysa, catapultada ao sucesso novamente pelo seriado que mostrou a vida da cantora na Rede Globo, comprovou que Marisa Orth soube conduzir o show, além de cantá-lo muito bem.

Apesar de não se tratar de uma apresentação sobre as maiores e melhores músicas de amor, “Romance” tentou fazer o espectador sair do teatro com uma humilde ideia. O bom e simples humor pode ser uma bela forma de se começar um romance. E por que não?

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