Desde ontem, mais do que moderno, Dante Mendonça é eterno. Ele se imortalizou pelo fato de ter sido eleito, com 23 votos, para a cadeira número 1 da Academia Paranaense de Letras (APL).
A votação aconteceu na tarde do dia 15 de julho, e ele foi eleito por unanimidade.
“Mas estou com receio, afinal, toda unanimidade é burra“, diz, naturalmente, em tom de brincadeira o jornalista e escritor catarinense, que vive há exatos 40 anos em Curitiba.
A cerimônia de “ingresso”, oficial, acontece até o final do ano. Mendonça terá de fazer uma palestra em homenagem a Valfrido Pilotto (1903-2006), que anteriormente era o titular da cadeira que, agora, ele passa a ocupar.
O novo imortal está todo prosa e com um sorriso permanente no rosto. Diz que foi uma honra o convite para disputar essa eleição e, uma vez eleito, participar dessa renomada instituição cultural.
Há dez anos, Mendonça parou de desenhar e vem se dedicando exclusivamente à escrita. Já publicou seis livros, o mais recente é Serra Abaixo, Serra Acima.
Mendonça, que costuma dialogar com cartunistas, agora deverá conversar ainda mais com alguns amigos imortais da APL, como José Carlos Veiga Lopes, Ernani Buchmann e Rene Dotti, entre outros.
Ele anuncia que o seu próximo livro já tem título: Quem te viu, quem te vê. A ideia é falar de como, a partir da década de 1970, mais que Curitiba, os curitibanos se transformaram, irreversivelmente, seja pela modificação urbanística, mas também devido ao crescimento que, desde então, segue continua e ininterruptamente.
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