Uma das últimas tarefas dos repórteres que estiveram no Litoral fazendo a cobertura do Verão era escrever um pouco sobre a sua experiência, para postar no Blog do Verão e dividir com os leitores como foi trabalhar bem pertinho do mar nestes últimos dias. Entre eles, uma conclusão unânime: não faltou trabalho nem boas histórias pra contar. Veja abaixo o que cada um achou:
Mais filtro solar
“Acordar, tomar café e ir para a praia. A rotina até poderia deixar muito leitor com inveja se as caminhadas matinais nas areias não se resumissem quase que totalmente a trabalho. E uma coisa é ficar debaixo do sol para pegar um bronze, outra é andar em busca de personagens para as inúmeras matérias que fazíamos diariamente para o site, o jornal diário e o suplemento semanal.
Dar conta de produzir conteúdo para essas três mídias exigiu dedicação quase integral de todos os repórteres. Posso dizer com certeza que nunca trabalhei tanto. Às vezes, quando sobrava um tempinho, até estranhava e pedia mais trabalho aos editores. Afinal de contas, eu estava lá para isso. Para aprender coisas novas, conhecer o Litoral de perto e me deparar com desafios que eu ainda não tinha enfrentado – como escrever matérias diárias ou apurar informações na velocidade que o jornalismo on-line exige.
Não foi nada fácil, mas isso não quer dizer que não tenha sido divertido. Além do aprendizado, a convivência com a equipe, os momentos de descontração e as viagens fizeram com que as quatro semanas que passei em Matinhos valessem muito a pena. Faria tudo de novo, mas com uma diferença: usaria mais filtro solar.”
Juliana Vines – de 5 de janeiro a 1° de fevereiro
O primeiro voo
“Se eu tivesse que resumir em uma frase os dois meses de trabalho como repórter do Caderno Verão, diria que foi uma época de muito trabalho, mas de experiências incríveis e inimagináveis. Quando fui para Matinhos no começo do mês de dezembro do ano passado, não poderia sequer imaginar quantos assuntos diferentes e interessantes apareceriam.
No primeiro mês não tem como não destacar a viagem da família Portela ao redor do mundo, publicada no primeiro Caderno Verão. Depois de três anos a bordo de um veleiro, cinco paranaenses mais o cão de estimação retornaram para o Paraná e eu tive a sorte de acompanhá-los no trajeto final entre a Ilha do Mel e Paranaguá. Consegui ver uma família muito simpática que, depois de conhecer tantos lugares, destacava-se pela simplicidade e a união adquirida durante todo esse tempo.
Já em janeiro, no meu segundo mês no Litoral, descobri que é possível fazer ótimos mergulhos nas águas paranaenses. Mas o que realmente marcou foi o meu primeiro voo de parapente, que acabou sendo a minha primeira experiência no ar, já que nunca voei de avião ou qualquer outro meio de transporte. A sensação é inesquecível e indescritível. Só digo que hoje toda vez que olho para o céu bate aquela saudade.
Juntando estes 60 dias, escrevi realmente sobre muitos assuntos. Para a Gazeta do Povo Online, por exemplo, ressalto o lugar onde é possível se ouvir o puro rock and roll, em Matinhos. Somam-se a isso matérias úteis sobre tudo o que os veranistas precisavam saber para aproveitarem bem as férias, fazendo assim um verdadeiro trabalho de utilidade pública, o
que, após ver o resultado, foi muito compensador.”
Robson Martins – de 8 de dezembro a 1° de fevereiro
Nada de férias
“Integrar a equipe que faria a cobertura do verão pela Gazeta do Povo, no Litoral paranaense, foi um convite irrecusável. Não precisei pensar duas vezes.
Desde o nício eu sabia que seria um desafio, mas também uma grande experiência, daquelas que passa a fazer parte de nossa história profissional. Para alguns amigos que não conhecem muito bem como funciona o jornalismo, a impressão que ficava é de que eu estaria na praia curtindo férias. Pelo contrário. O trabalho foi puxado, mas não há como negar que muito prazeroso também. Aqui pudemos conferir de perto o quanto a Gazeta do Povo é prestigiada não só pelos paranaenses, mas também por pessoas de outros estados, confirmando que o reconhecimento pela a atuação do jornal extrapola fronteiras.
O balanço final da temporada é de ter valido a pena todo o esforço para levar ao leitor a informação da melhor maneira possível. Poder conhecer outros lugares, visitar belas paisagens, um novo aprendizado a cada entrevista, o convívio com os colegas de equipe e principalmente a reação e o retorno que recebemos das pessoas na rua são sem dúvida a melhor recompensa pelo trabalho realizado durante um mês aqui no Litoral.”
Monica Cubis – de 2 de fevereiro a 1° de março
Longa temporada perto do mar
“Dezembro e janeiro. Nunca tinha passado tanto tempo assim na praia. Pelo que me lembro, três semanas foi o tempo máximo que fiquei de férias perto do mar. Mas nesse caso, a rotina em Matinhos – QG escolhido pela Gazeta para a equipe de cobertura do verão, da qual eu fazia parte – não lembrava nem um pouco a de quem está curtindo uns dias de descanso depois de um ano inteiro de trabalho.
Ao mesmo tempo em que estava na praia, eu também não estava. O cenário era o mesmo dos veranistas, mas ao contrário deles, eu – repórter — não usava biquíni e nem podia tomar sol (no meu caso era só nos braços e nas canelas). As idas para a beira da praia eram sempre corridas. Era só o tempo de encontrar boas histórias, checar as condições do tempo e já voltar para redação. E de lá, não saia antes da noite chegar. No dia seguinte, contudo, o cansaço era zerado quando abria o jornal e lá estava a matéria, à serviço do leitor.
O dia-a-dia corrido foi compensado pelas novas experiências como escrever para o jornal diário, alimentar informações para o online, fazer posts para o blog e principalmente perder o medo de falar no rádio ao vivo — é fiz boletins diários da praia para as rádios Mundo Livre FM e 98 FM. Ah! Não posso esquecer das viagens, especialmente para Floripa e Balneário Camboriú, onde fui traçar o roteiro das baladas do estado vizinho (o que não foi nada mal). O espírito unido e descontraído das equipes – tanto da de dezembro quanto da de janeiro – também contribuíram para a rotina ficar menos pesada. Além do bronzeado, que aos poucos está desaparecendo, guardei comigo boas lembranças desta temporada perto do mar.”
Ana Letícia Genaro – de 8 de dezembro a 1° de fevereiro
Um mês de praia (e de trabalho)
“Fazia muito tempo, desde a infância, que eu não passava um mês inteirinho na praia. Mas dessa vez não teve nem banho de sol ou bete-ombro com os amigos. Estive por lá para trabalhar. Participei da cobertura do verão da Gazeta do Povo em dezembro, primeiro mês de trabalho na redação montada no centro de Matinhos. Chegamos antes dos turistas e até antes do verão, que só começou oficialmente no fim do mês de dezembro. Mesmo sem verão, tínhamos muito para explorar no litoral.
Passada a adaptação dos primeiros dias, o cotidiano foi bastante corrido para cumprir várias pautas, levantar outras e escrever bastante.
Matérias na Ilha do Mel, para o jornal diário, caranguejada em Antonina, para a página de gastronomia do caderno semanal e shows em Guaratuba, para acompanhar os colegas que fizeram a cobertura (o companheirismo faz parte do trabalho). Mas trabalhei também para informar o leitor sobre as condições do tempo, das estradas e da balneabilidade (nesta, virei quase especialista). Durante as conversas com moradores, fiquei sabendo da existência de ilhas, trilhas e parques que nem imaginava existir. Muitos desses foram visitados e mostrados em reportagens feitas nos meses seguintes.
A relação com os colegas de redação foi harmoniosa, fomos tomados pelo clima descontraído do litoral, mesmo em dias de chuva. Isso ajudou a amenizar a falta da família e dos amigos, especialmente no Natal, que foi dia de plantão!
De volta a Curitiba, trouxe comigo a experiência de trabalho e a boa sensação de ter conhecido melhor as praias onde passei boa parte dos verões da minha infância.”
Daliane Nogueira – 8 de dezembro a 1° de janeiro
Riqueza além das praias
“A experiência de trabalhar por dois meses no Litoral me mostrou que a beleza da costa paranaense está muito além das praias. Percorrendo boa parte dos municípios da região, deparei-me com uma riqueza cultural que, confesso, pouco conhecia.
As cidades que melhor simbolizam meu encantamento são as simpáticas e acolhedoras Antonina e Morretes. Na primeira, fiz uma deliciosa reportagem com um grupo de sambistas e seresteiros locais, apaixonados por música e incrivelmente autodidatas. Na segunda, tive as oportunidades de experimentar o mais tradicional barreado do Estado e de conhecer o belíssimo Parque Estadual Pico do Marumbi.
Destaco essas três experiências porque elas representam, respectivamente, a riqueza do povo, da gastronomia e da natureza litorâneas – algo que não pode ser contemplado com meras visitas à areia. Quem ainda acha que o Paraná é um Estado sem identidade, precisa, como eu, conhecer melhor este rico Litoral.”
Renan Colombo – de 8 de janeiro a 24 de fevereiro
Proximidade com o leitor
“Nesse um mês de cobertura do Litoral paranaense (e catarinense) para o caderno Verão da Gazeta do Povo o que mais me chamou a atenção foi a resposta rápida da população a tudo o que era publicado, tanto no jornal impresso quanto no online. No primeiro caso fiquei sabendo de edições que se esgotaram nas bancas aqui das praias, em grande parte pelo material publicado por nós, seja na página diária, seja no caderno publicado toda sexta-feira.
Já na internet, era ótima a sensação de ver uma matéria minha entre as mais lidas do Portal RPC. Ainda nas ruas o povo perguntava coisas, agradecia alguma reportagem e dava sugestões. Mesmo nos casos mais “movimentados”, como uma suspeita de bomba no centro de Matinhos no sábado de carnaval, a população mostrava cooperação com quem passasse com a camisetinha azul claro da Gazeta do Povo.
Poder aproveitar uma paisagem linda como é a do Litoral do Paraná, com suas praias, ilhas, baías e a imensa área de Mata Atlântica preservada, também foi um privilégio. Trabalhei bastante, mas sempre com uma sensação nova, de que estava fazendo algo diferente e interessante.
O sol forte ou mesmo o clima abafado dos dias nublados e chuvosos (que, devo confessar, foram a maioria) incomodaram um pouco na primeira semana. Mas logo me vi acostumada às altas temperaturas. As horas na estrada entre os municípios do Litoral também foi algo com que me habituei, afinal nossa missão era fazer uma cobertura completa.
Mesmo com mais 25 anos de temporadas no Litoral do Paraná, nada se compara a esse quase um mês que passei aqui. Conheci pessoas maravilhosas e lugares surpreendentes. Para quem estava acostumada apenas à vida nos balneários, conhecer uma parte da natureza e da história do estado em que nasci de perto é uma experiência que vou levar sempre comigo.”
Fabiane Ziolla Menezes – 2 a 28 de fevereiro