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Uma jornalista dentro da Travessia de Guaratuba

Antônio Costa/Gazeta do Povo

No último domingo (24), fiz a traquinagem de me aventurar em dupla jornada: cobrir e fazer a Travessia de Guaratuba, uma das mais antigas provas de nado em águas abertas do Paraná. Como foi a prova, você confere na Gazeta do Povo desta segunda-feira (25).
Como foi a minha experiência, conto agora.

Dia de travessia é sempre muito divertido. Mas confesso que cheguei à Praia do Morro do Cristo, onde seria dada a largada, beeem sonolenta. A noite foi mal-dormida, não sei se por causa da crise existencial de não ter ido ao show do Monobloco ou pelos pesadelos de que a chuva não ia parar e eu não ia conseguir fazer a travessia..

Na areia, com a inscrição feita e meu número marcado à pincel atômico no braço direito (só conseguir tirar no dia seguinte), lá vou eu, de maiô e touca (que considero a prova cabal da perda do amor-próprio usar isso fora do seu habitat de origem, a piscina) entrevistar.

Fantasiada de nadadora, mas na pele da jornalista, fiz vários amiguinhos, todos participantes do desafio. Deram-me todo o incentivo, as dicas para cumprir todo o trajeto de 1,3 mil metros paralelos à orla, com chegada na Praia de Caieiras.

Houve quem se oferecesse para nadar ao meu lado, para proteger a jornalista. Desnecessário. Não contei para o pessoal, mas eu já tinha feito umas travessias antes, em Caiobá e na Represa do Capivari, com distâncias um pouco maiores (1,5 mil metros).

Meu objetivo era tão somente terminar a prova. Minha estratégia era o infalível “devagar e sempre”. Na água, o melhor é a sensação de autonomia. Daquela de achar que depois da prova, seria capaz de tudo.

Não para menos: desde sempre aprendi a respeitar a força do mar e não desafiá-lo. Assim mesmo, eu estava ali, sozinha (tirando a galera da elite, que já estava na chegada quando eu mal tinha passado a primeira das três boias de referência, o resto dos participantes se espalha na água), vencendo a maré, numa profundidade que não ousei imaginar.

Depois de muitas braçadas, vi a festa do pessoal na chegada. Antes de conseguir tocar o pé no chão, ainda tive a briga com as ondas, que ora me empurravam para areia, ora me puxavam novamente para dentro do mar. Confesso que mal parei em pé.

Juro que não cheguei em último lugar (mas quase!). Estava tão cansada na chegada que nem reparei no tempo em que fiz o percurso. Hora de reassumir o lado jornalista: um gole de água para reidratar e, com caneta e papel em punho, dá-lhe procurar os vencedores e mais entrevistados.

E já surgiu outra pauta: a interrupção da via de acesso à Itapoá. Eu (ainda de roupa de banho, canga – mas sem touca!) e o Socó (o Antônio Costa, um dos ótimos fotógrafos aqui da Gazeta do Povo, que tirou essa foto que eu preferia esconder) fomos ver qual era a do bloqueio. Se essa maratona valeu a pena? Só digo que faria tudo de novo…

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