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A armadura de Fernanda Young

Rafael Daniellewicz/divulgação
Fernanda Young, ontem, na palestra em Curitiba: beleza e autoestima.

Quem acompanha o programa Irritando Fernanda Young, no GNT, deve ter percebido que de uns meses pra cá a apresentadora e escritora tem adicionado em seus looks uma variada coleção de corsets ou espartilhos. A peça, que havia sido banida do armário feminino no início do século passado por estilistas como Coco Chanel, tem aparecido em desfiles internacionais e é tendência de moda.
Fernanda, que esteve em Curitiba esta semana para uma palestra na feira de gestão da FAE, dá uma boa razão para usar o corset: ele melhora sua postura. “Me sinto mais forte, uma Joana d’Arc, é como se me organizasse por dentro. Agora é até estranho quando tiro à noite”, diz, lembrando que as peças são feitas sob medida para ela. Todos os figurinos que ela veste no programa são dela própria, uma apuração que foi surgindo com o tempo e com a necessidade. “Irritação pode ser muito enfadonho. O programa precisa de estética para não ser chato”, afirma.
Playboy
Aos 39 anos e prestes a ser capa da revista Playboy (edição de novembro), Fernanda é o avesso da máxima que diz que de perto ninguém é normal. De perto, ela é bem mais normal do que parece na tevê: uma mulher do tipo mignon, com uma beleza natural, gestos delicados e posições firmes. Não come carne — por influência de Rita Lee, sua ex-colega de Saia Justa — e adora uma cerveja bem gelada. Sobre ter fechado contrato com a revista masculina, ela já tem resposta pronta. Diz que no ponto de vista pessoal foi “vingança” e do coletivo, é um gesto político. “É libertador!”
A escritora está com um novo livro no prelo, O Pau, seu primeiro pela editora Rocco. A história ficcional gira em torno de uma mulher que está dormindo na casa do namorado, descobre coisas sobre ele na internet e resolve torturá-lo por algumas horas.

Rafael Daniellewicz/divulgação
De longe dá para ver o efeito do corset, peça adotada pela escritora nos últimos tempos.

E é assim, em todas as coisas que faz Fernanda Young coloca as questões de gênero na frente, sem medo de parecer feminista. Tanto, que o que a trouxe à cidade foi uma palestra sobre a diferença entre ser bonita e se sentir bonita.
Para ela, a mulher é educada para ser apaixonante, desejada, mas não para ter autoestima. “Parece que se ninguém gostar da gente — de preferência um homem — não funciona.” Ela, que mãe de três meninas, diz ter a preocupação hoje de educar as crianças para ter autoestima. “E faço questão de usar essa palavra: autoestima.”

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