Formas inusitadas se revelam nas criações de Claudio Quinderé, designer de joias que associa a delicadeza da natureza à resistência de metais. Suas peças já passearam pelas mãos e orelhas das celebridades, mas agora é o Museu Oscar Niemeyer que recebe as obras desse artista, pela Bienal Brasileira de Design 2010.
Sempre com um foco no meio ambiente, o designer busca aproveitar materiais que para alguns seria inútil. Retalhos de couro, por exemplo, foram recolhidos do descarte de indústrias de sapatos e viraram joia rara nas mãos de Quinderé.
A palha de buriti – outro marco de uma de suas coleções – é um item pouco admirado, mas segundo o designer é um material muito delicado e de longa durabilidade. Diferente do que alguns podem pensar não junta mofo, nem desvaloriza a peça. Pelo contrário, é atribuído grande valor ao produto. “Eu trabalho com a seda da palha de buriti. É um fio muito fino. Quase o átomo da palha”, brinca Quinderé.
Apesar de ser um reaproveitamento pequeno, por ser reutilizado na produção de joias, o designer acredita que não deixa de ser um alerta para quem trabalha com coisas maiores. “Meu exemplo também é uma forma de influenciar a sociedade”.
Lançamento
Duas a três coleções são lançadas anualmente. Na próxima quinta-feira, 30/09, em Fortaleza, Quinderé anunciará a coleção Joan Miró, inspirada nas obras do artista espanhol.
Do Ceará
Claudio Quinderé é formado em psicologia e design de produto. Fez curso de escultura em Fortaleza e especialização em design de joias, no Canadá.
Serviço
Exposição: Museu Oscar Niemeyer, até o dia 31/10, de terça a domingo, das 10h às 18h.
Site do artista: www.claudioquindere.com.br/
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