“Eu não sou alguém que ‘foi’, mas alguém que ‘será'”. A frase da atriz Lauren Bacall é bastante lúcida — e otimista — para quem foi uma das mulheres mais belas do cinema. Felizmente, a mesma indústria que ajudou a fabricar o ideal de beleza magro e jovem, também produz alguns padrões a serem seguidos pelas “mortais” do lado de cá das câmeras. Caso de Lauren.
Meryl Streep.
O Oscar 2010, a festa de gala de Hollywood, mostrou alguns exemplos do que estou dizendo. Meryl Street, mostra-se totalmente confortável nos seus 60 anos em suas aparições públicas. Foi assim na noite de domingo: de vestido branco longo, cabelos impecavelmente presos em um coque e uma maquiagem discreta exalava graça, feminilidade e simpatia. Não parecia uma garota, muito menos uma velhinha…
Helen Mirren.
A “rainha” Helen Mirren é cinco anos mais velha do que Meryl e também é um bom exemplo de como pode ser bela a maturidade sem o excesso de intervenções e retoques. Em entrevista à revista More, reproduzida no livro A Reinvenção dos Cinquenta, de Suzanne Braun Levine (ed. Rocco), Helen diz que é um “incrível alívio” quando o poder conquistado as custas da beleza começa a desaparecer por causa da idade. “Quando você tem 16 anos, considera muito velho quem tem 28! Quando chega aos 28, isso é fabuloso. Você pensa: e quanto aos 42? Ugh! E então ter 42 é ótimo. Ao chegar a cada idade, você obtém a compreensão e experiência de que precisa para lidar com ela e apreciá-la.”
O raciocínio é ótimo e aponta um desafio para quem se preocupa demais com a idade: a necessidade de nos sentirmos confortáveis com o corpo que temos, em constante mutação e, claro, envelhecimento.
Susan e Jeff Bridges.
Para fechar, mais uma imagem do Oscar: Susan Bridges, esposa de Jeff Bridges (que levou o Oscar de melhor ator), curtiu cada flash ao lado do marido. Outra beleza clássica e madura, daquelas que dá gosto de ver.
