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Meu avô, que era médico, costumava dizer que uma refeição saudável deveria conter, obrigatoriamente, alimentos coloridos. O que ele queria dizer com isso era: privilegie a diversidade de cores, sabores e aromas e amplie suas possibilidades à mesa.
Todos nós temos preferências – gostamos de batata mas não toleramos abóbora, adoramos abobrinha mas nada de beterrabas –, mas fazer concessões de vez em quando faz um bem danado à saúde e ao meio ambiente. Sim, ao meio ambiente. É que as pessoas reduziram tanto o consumo variado de alimentos que, para satisfazer essa demanda de mercado, os produtores agrícolas também acabaram reduzindo sua produção.
De acordo com a Organização de Alimentos e Agricultura das Nações Unidas, ao longo do último século três quartos da biodiversidade genética dos alimentos foram perdidos. Apenas uma dúzia de espécies oferecem 90% da proteína animal consumida no mundo e só quatro cultivos fornecem metade das calorias dos vegetais que ingerimos.
Em uma matéria recente do jornal britânico The Guardian, o biólogo e escritor Gary Nabhan disse que o poder de reverter essa perda da biodiversidade agrícola está na mão das pessoas – ou melhor, na mesa. “Quando comemos, podemos escolher entre tornar o mundo mais rico ou mais pobre, diz. E alerta: “Se existe monotonia alimentar, nós não obtemos todos os nutrientes de que precisamos”. Por isso, trate já de providenciar mesas mais coloridas e diversas em sua casa. Até porque, segundo o biólogo, a conservação da diversidade não apenas faz bem ao planeta, como ainda traz um prazer imenso às pessoas.
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