A professora Doralice traz eu seu texto uma reflexão muito importante. Como nós, todos nós, podemos ajudar com uma simples doação de livros, jornais ou revistas a tantas crianças e jovens excluídos da informação. Isto é contribuir com a educação, disseminar informação, é acima de tudo contribuir para um país cada vez mais democrático e com a formação de pessoas cada vez mais capazes de discernir sobre o seu caminho e conseqüentemente de sua sociedade. E isto, certamente, é fazer o bem.
Abaixo segue a íntegra do texto de nossa amiga do Bem, Doralice.
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Doe jornais, revistas e livros à Biblioteca Pública do Paraná
“Sou apaixonada pela Biblioteca Pública do Paraná. Foi lá que passei grande parte dos momentos livres, quando cheguei a esta Curitiba, ainda em abril de 1992 e tenho incentivado sistematicamente que meus jovens alunos façam a carteira de leitor para que possam realizar empréstimos e, assim, usufruir das possibilidades culturais oferecidas por esse espaço precioso que é a Biblioteca Pública.
Muita gente mora em Curitiba e não conhece a Biblioteca Pública. É uma referência, inclusive turística. Quem não conhece essa biblioteca perde uma oportunidade poderosa de conferir os bons serviços oferecidos por essa verdadeira casa de cultura. São inúmeras as seções lá existentes. E o visitante, mesmo ainda sem a carteirinha, poderá entrar percorrer todas as seções, selecionar um título, puxar uma cadeira e ler à vontade, mas se desejar emprestar qualquer livro deverá fazer a sua inscrição de leitor, o que não dá quase nenhum trabalho.
Do contato regular que tenho com essa biblioteca percebo a necessidade imperiosa do recebimento de doações de jornais, revistas e livros, pois embora o usuário possa contar com um acervo considerável, o que lá existe, ainda não é o bastante para atender a demanda de pessoas que aportam na Biblioteca Pública.
Experimente meu caro leitor, por exemplo, ir exatamente às segundas-feiras, lá na sala onde se encontram os jornais. São em número reduzidos, infelizmente – e são, acredite, disputadíssimos. Experimente também ir à Seção Infantil e procurar títulos mais recentes. Verá que as doações são regulares, pois sempre há uma alma generosa que doa, que um dia decide compartilhar os tesouros culturais guardados.
Se você for à Divisão Técnica, que cuida da recepção do material doado, verá que o trabalho é incessante, mas ainda não é o bastante; é necessário que as doações sejam em maior número, pois a demanda de leitores cresce, sempre, felizmente.
Este Blog do Bem será o meu pombo correio e que ele leve um convite a todos que lerem este comentário: doe jornais, revistas e livros à Biblioteca Pública do Paraná. Não precisava muita gente, já bastava uma dezena de assinantes da Gazeta do Povo, da Folha S.Paulo ou e outro jornal de expressão, já na segunda-feira, logo após as 8 horas deixarem os exemplares da edição de domingo lá na portaria da biblioteca.
Inúmeras pessoas seriam beneficiadas, principalmente aquelas que vão a busca do Caderno dos Classificados de emprego. Doar, ao menos, a edição de domingo já seria um enorme bem.
Será que conseguiremos imaginar quantos jovens estudantes entram na Biblioteca Pública em busca das revistas de informação semanal? Eu não sei, mas imagino que inúmeros principalmente aqueles que não dispondo de assinaturas de revistas ou mesmo em razão dos limites do acervo das bibliotecas das escolas públicas, por exemplo.
Se, ao menos, 10 assinantes, após a leitura da Veja, da Época, da Carta Capital, da Istoé, da Super Interessante, entre outros títulos, pudessem compartilhar os exemplares lidos muitos desses estudantes teriam uma abundância de material para pesquisa de material recente.
O mercado editorial cresce a cada dia e novos títulos saem num piscar de olhos, mas o lugar dos títulos das obras clássicas é cativo. Haverá sempre leitores procurando os textos de Machado de Assis, de Clarice Lispector, de Ariano Suassuma, de Ferreira Gullar, de Graciliano Ramos entre outros da literatura nacional e internacional. Muita gente dispões de obras literárias em casa e nunca mais sequer abriu os exemplares. Enfeitam a estante, apenas – e se doasse, ao menos, um exemplar por ano estaria contribuindo com a disseminação do hábito da leitura. Daria o alimento no lugar certo: na Biblioteca Pública do Paraná.
Pense bem, meu caro leitor, de que adianta acumular jornais, revistas e livros se esses materiais não promovem o fim a que são elaborados, ou seja, a leitura? Se a informação lhe chega em boa hora, quero desde agora agradecer pelo que aprendi quando conheci a Biblioteca Pública do Paraná: ela reparte o acervo de doação que recebe com outras bibliotecas desse estado paranaense.
Se apenas doar à Biblioteca Pública não seja o bastante, vá sem incertezas à uma escola pública do bairro onde você mora e doe os jornais, as revistas e os livros que considere bons para doação e mais ainda, passe também em uma unidade do Farol do Saber e deixe lá a sua contribuição.
Estudei toda a minha vida na escola pública e muito, muito do que aprendi foi com os livros que tomei sob empréstimo na biblioteca da Universidade Federal do Pará, onde conclui a graduação em Letras e na Biblioteca da Unicamp, onde fiz meus estudos de pós-graduação. As verbas públicas destinadas à ampliação do acervo em qualquer biblioteca existem, mas a carência, a urgência dos leitores não obedece ao mesmo trajeto da burocracia, portanto acate a minha sugestão: doe jornais, revistas e livros à Biblioteca Pública do Paraná.”
Doralice Araújo, professora de Língua Portuguesa.
Coordenadora da Casa da Linguagem
Rua Marcelino Champagnat, 516, Mercês, em Curitiba. (41)33362076 casadalinguagem@uol.com.br
Blog:Parceiras Infalíveis: a leitura e a escrita:
http://doralice-araujo.blog.uol.com.br
