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Torcida tricolor fez a festa na classificação diante do Ceará: quase 11 mil torcedores empurraram o Paraná na Vila

É impossível não se comover com tudo o que aconteceu esta noite na Vila Capanema. Em especial à meia hora final da partida, entre bola rolando e a paralisação pela névoa dos sinalizadores.

Aos 24 minutos o Paraná mandou uma bola na trave, com Nílson. Caído, o atacante paranista ainda tentou apanhar o rebote. Errou, pois acertar deixaria tudo muito fácil. Não era o caso. No contra-ataque, Rogerinho fez o gol e calou quase todo o estádio. Era possível apenas ouvir os torcedores do Vozão comemorando a iminente classificação. Fazia todo sentido. O Ceará era mais experiente, tinha mais ritmo de jogo, jogador com final de Libertadores do currículo e tinha a vantagem no placar.

Até que algumas vozes começaram a surgir lá na Reta do Relógio. O coro cresceu. Tomou a Curva Norte. Começou a cantar o hino. Depois começou a cantar o amor pelo Paraná, já com a companhia de outros setores do estádio. E o time se reergueu. Pôs o Ceará na parede. Manteve a intensidade mesmo após a paralisação pelos sinalizadores. A Vila estava eletrificada quando a bola caiu no pé esquerdo de Douglas. E o Tanque justificou o apelido. Atropelou e chutou tudo que havia pela frente, com a força dos 10 mil paranistas presentes ao estádio.

A derrota e a eliminação não estragariam totalmente a noite, mas ela só foi mágica pela vitória. E pela maneira que ela foi construída, com tensão até o fim. Do sofá da sala aqui em São Paulo, com o laptop repousando sobre a barriga, passei três segundos de tensão até o computador destravar e eu conseguir ver o desfecho do chute de Mota – salvo por Alex Bruno. Graças a essa combinação de emoções, o 18 de abril de 2012 tem tudo para se tornar o marco zero da esperada redenção paranista.

Nem tudo são flores
A exemplo do que aconteceu no PV, o Paraná começou em marcha lenta. Erros de passe no meio-campo, dificuldade de marcação nas laterais. Luís Carlos novamente se destacou. O mesmo não pode ser dito de Elias e Nilson, os dois abaixo da primeira partida. Wendel se escondeu quando o time mais precisava dele e Henrique mostrou que precisa de socorro constante na marcação. Pontos a serem trabalhados para a Série B.

Houston, we have a problem
Em 2009, Amilton Stival disse ter consultado até um amigo engenheiro da Nasa para montar o regulamento e a tabela do Campeonato Paranaense. Foi o Estadual do supermando, aquele em que a FPF mandou o equilíbrio e a saúde financeira dos clubes do interior para o espaço.

É hora de Stival passar a mão no telefone e ligar de novo para o Texas. Só mesmo uma arrojada engenharia será capaz de socorrer a FPF, que viu a tabela preparada para a Série B estadual virar farelo com a classificação paranista às oitavas de final da Copa do Brasil. O Tricolor certamente entrará em campo na semana de 2 maio, exatamente quando começa seu périplo na antiga Série Prata, com jogos separados pelo tempo mínimo exigido por lei. No pior cenário, o Tricolor joga também na semana seguinte, o que só aumentaria o estrago (no melhor cenário, terá a partida de ida contra o Palmeiras marcada já para o próximo meio de semana). É o preço que se paga pela teimosia, pelo improviso e pela incompetência.

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