Domingo tem Atletiba e como é obrigatório no clássico, há algumas histórias que desde já merecem ser acompanhadas. Personagens ou duelos com potencial para decidir a partida e situações que exigem atenção total, pela interferência direta que podem ter na maneira como o jogo ficará para a história.
Claro, como é típico dos clássicos, tudo disso pode se perder e ser atropelado por um herói improvável. Por isso, o Bola no Corpo traz esse modesto guia do que vale a pena ficar de olho domingo, na Vila Capanema.
As histórias do clássico
Keirrison
É o último jogo dos trainees coxas-brancas. E, consequentemente, última partida de Keirrison com status de capitão e grande nome do time. A partir de segunda-feira, o Coritiba voltar a ter um grupo só e Keirrison ocupará um lugar secundário. O balanço dos quatro jogos K19 no Paranaense até o momento é: serviu para ganhar ritmo de jogo. O Atletiba é a oportunidade para incrementar esse estágio e posicioná-lo melhor no grupo principal.
Mosquito
A semana do atacante rubro-negro foi grandiosa. Domingo, comandou a reação diante do Rio Branco, com direito a marcar o primeiro gol como profissional, um golaço. Quarta-feira deu sua colaboração para a épica classificação contra o Sporting Cristal, com a primeira das quatro finalizações que resultaram no pênalti nos acréscimos e convertendo sua cobrança na disputa de penalidades. Um bom primeiro Atletiba deixaria essa semana perfeita para o atacante.
Rodolfo Toski Marques
O Atletiba de garotos será comandado por um garoto. Rodolfo Toski Marques tem 26 anos e é a maior aposta da arbitragem local. Gosto do estilo do Rodolfo. Não é de dar qualquer faltinha, apita futebol e não basquete. Algo que em um clássico brasileiro costuma ser mal visto, diante da mania do torcedor e dos jogadores de achar que qualquer esbarrão é falta. O clássico passa pelas mãos e pelo apito dele.
Denner x Otávio
Os dois melhores cérebros do clássico. São volantes modernos. Marcam, criam, aparecem na área para finalizar. Se você estiver comemorando a vitória do seu time no sábado à noite, certamente será graças a um dos dois.
Rodolfo e William
Clássicos são ótimos para consagrar goleiro. E teremos em ação na Vila dois que vivem ótima fase. Rodolfo voltou pegando muito. Trilha no Paranaense um caminho seguro para brigar com Santos pela reserva no grupo principal — ou mesmo conseguir um bom empréstimo que lhe permita jogar o Brasileiro. William herdou a titularidade graças à contusão de Tadeu. É o grande nome do Coritiba no Estadual. Merece saltar para a reserva imediata de Vanderlei na sexta rodada.
Torcidas
Atletiba é um fio desencapado para a segurança pública por natureza. Há alguns fatores que reforçam o cuidado com as arquibancadas neste domingo. É o primeiro clássico depois da Batalha de Joinville, que, de efeito prático, condenou 16 torcedores a se apresentar na delegacia em dias de jogos do Atlético. E um clássico em que nenhuma das organizadas poderá vestir suas camisas, um desafio adicional à segurança pública.
Heróis improváveis
Paulo Otávio
Revelado no Atlético e resgatado pelo Coritiba, tem rendido pouco no Estadual. Mais fácil imaginá-lo como vilão do que como herói do clássico.
Dominic
O atacante grandalhão por enquanto tem chamado mais atenção pela estatura do que pelo futebol. Em um campo como o da Vila, a jogada aéreo é um atalho para a vitória.
Tárik
Não tem jogado mal. Também não tem jogado bem. Mas seria divertido ter um Atletiba decidido por um cara chamado Tárik.
Rhuan
Não tem jogado mal. Também não tem jogado bem. Mas seria divertido ter um Atletiba decidido por um cara chamado Rhuan.
Juninho
Rebaixado do time principal, onde sempre foi muito contestado, Juninho é coadjuvante mesmo no Sub-23. Decidir o Atletiba pode ser o ponto de virada para sua história dentro do Atlético.
Anderson Aquino
Fora desde o bizarro jogo com o São Paulo — aquele em que Keirrison se machucou, Geraldo entrou no seu lugar; Geraldo machucou, Anderson Aquino entrou em seu lugar; Anderson Aquino machucou, Lincoln entrou em seu lugar. É o jogador mais experiente do clássico, com história nos dois rivais e um gol no primeiro Atletiba final do Paranaense-2012, na própria Vila Capanema.
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