Vilson Ribeiro de Andrade discursa durante festa coxa-branca: agora candidato oficial à presidência
CARREGANDO :)

Vilson é o grande ídolo coxa-branca no momento. Mesmo sendo evidente que a recuperação do Coritiba não é obra individual, o dirigente acabou personificando tudo de bom que tem sido feito no Alto da Glória desde o início do ano passado. Não custa lembrar: o clube caiu de divisão no ano do centenário, com estádio interditado, pena de 30 mandos de campo, imagem arrasada e credibilidade arranhada. Venceu dois estaduais, subiu sem sustos, foi finalista da Copa do Brasil, faz um Brasileiro digno, domou suas dívidas, encaminhou a construção de um novo CT e negocia a construção de um novo estádio. Muita coisa feita em pouco tempo. Justifica a confiança em quem está à frente do processo.

Publicidade

O futebol tem uma necessidade natural de produzir heróis e vilões. No imaginário principal, tudo o que acontece de bom ou ruim é obra de um personagem: o craque, o perna de pau, o cartola genial, o dirigente incompetente, o juiz ladrão, o frangueiro, o paredão…

Vilson é este personagem no Coritiba e sua figura ajuda a manter a confiança da torcida na diretoria, mesmo em questões polêmicas. É o que explica a ideia de trocar o Couto Pereira pelo Pinheirão ter sido rejeitada quando veio de Gionédis e ter aceitação em massa com Vilson (claro, pesa muito o momento dentro de campo). Também é o que explica ninguém ter achado estranho o anúncio da candidatura de Vilson ser um dos presentes do jantar de aniversário do clube.

Como tudo em excesso é ruim, torcida, diretoria, imprensa e conselho devem tomar cuidado para que não se crie um sentimento de infalibilidade (professor Tite me ensinou essa). Dificuldades, erros, críticas e crises fazem parte do futebol, nenhum clube ou dirigente está livre disso. O Coritiba já enfrentou vários obstáculos em sua história e segue firme. Vilson ainda não passou pelo estágio da contestação ao seu trabalho. Da mesma forma que mostrou preparo para administrar um clube afundado no maior buraco da história, precisa estar preparado para quando a fila à sua frente não for apenas para dar tapinhas nas costas, pedir autógrafo e tirar fotografia.