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Marcelo Oliveira: tensão após levar o gol do ACP.

Captei a imagem acima logo após o Coritiba tomar o gol do Paranavaí. A expressão tensa de Marcelo Oliveira é de quem estava vendo a vaca ir para o brejo. E ela estava indo mesmo. O treinador via o seu esquema ultra-ofensivo, sem volantes pegadores e sem um homem de referência no ataque, conduzir o Coritiba ao fim da longa invencibilidade em estaduais e passava a ver o Londrina, líder do turno, de binóculo.

Marcelo estava testando o terceiro esquema diferente em uma semana. Contra o Iraty, a formação com dois volantes marcadores, três meias e Marcel lá na frente. Venceu o saco de pancadas do campeonato por 5 a 1, mas não convenceu ninguém. Diante do Nacional, no meio de semana, trocou um meia por volante mais avançado e conseguiu tomar pressão. E hoje esse esquema totalmente ofensivo, que já havia sido aditivado pela troca de Lucas Mendes por um Eltinho com licença para atacar.

O gol do Paranavaí despertou o Coritiba. Como já aconteceu “n” vezes no último ano e meio, o time resolveu jogar e ganhou a partida. Fez isso colocando a bola no chão, trocando passes e de posição. Lincoln chamou a responsabilidade, Anderson Aquino cresceu, Roberto foi útil, Gil apareceu bem no ataque, Jonas voltou com autoridade de titular da lateral direita. Tudo deu tão certo que até Geraldo foi decisivo. O angolano fez uma jogadaça para Lincoln virar a partida.

O Coxa ganhou o jogo, empatou em pontos com o Londrina e é possível até que vença o Campeonato Paranaense e vá até as oitavas de final da Copa do Brasil assim, à base de momentos isolados de bom futebol. A questão é saber se isso vai funcionar no Brasileiro ou quando a Copa do Brasil afunilar. No segundo semestre do ano passado, funcionou bem demais para um time que havia acabado de subir, mas foi insuficiente para quem, no fim das contas, ficou a uma vitória da Libertadores.

Hoje não é possível escalar o time titular do Coritiba nem cravar o sistema de jogo. Há um lado bom nessa indefinição, o de ver a inquietação de Marcelo Oliveira com a irregularidade da equipe. Mas é muito pior olhar para o calendário e ficar com a impressão de que o trabalho não está rendendo. Isso justifica cada ruga de preocupação do treinador após o gol do ACP.

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Informam os colegas de imprensa que Felipe Ximenes esteve no Paraguai no fim de semana. Assistiu a Cerro Porteño x Libertad e depois conversou com Luís Cáceres, meio-campista do Ciclón cobiçado pelo Coxa. Cáceres começou no banco, algo que tem sido rotina desde o segundo semestre do ano passado. Entrou aos 24 do segundo tempo, deu um chute a gol e tomou um amarelo. Seu time venceu por 1 a 0 e lidera o Larissão-2012. Escrevi mês passado sobre seu estilo de jogo.

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Deixo duas perguntas para os coxas-brancas: Qual time escalar na quinta-feira? Qual o time ideal do Coritiba?

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