O Atlético teve uma oportunidade única para vencer o Fluminense fora de casa. Desperdiçou, contra os reservas do time carioca, o que dá uma impressão de que tudo deu errado para o Furacão. Não foi bem assim. O Atlético jogou muito melhor. Desligou o piloto automático de esperar o adversário e procurou impor seu estilo mesmo como visitante. Marcou pressão, trocou passes em velocidade, foi o time dos bons momentos da Série B.
Ok, mas se foi toda essa maravilha, por que perdeu? Perdeu porque não teve pontaria, o que não é um mero detalhe. Finalizou 15 vezes, mas só foi obrigar Ricardo Berna a fazer defesas de fato no segundo tempo, com o placar em 2 a 1. Fora isso, duas bolas na trave, uma porção de finalizações erradas e outras tantas que não existiram porque o time foi incapaz de acertar o último passe. Acabou castigado pela eficiência de um Fluminense que limitou-se a se defender e a aproveitou a repetição de erros que perseguiram o Atlético na Bezona: mais especificamente, o posicionamento em linha da defesa.
Quarta-feira tem Cruzeiro, um dos times mais arrumados do primeiro semestre e que socou 5 a 0 no Goiás. Em termos de estilo de jogo, é o Coritiba do ano passado com melhores peças ofensivas. E o campo minado da Vila Olímpica obrigará o Atlético a tirar a bola do chão contra um time capaz de, nos contra-ataques, transformar em gol cada vacilo da defesa rubro-negra.
Às notas…
Weverton – Chamou mais atenção atuando como líbero na zaga atleticana do que fazendo defesas. Tomou o segundo gol na pequena área. 5,5
Léo – Não aproveitou a fragilidade defensiva de Monzón no primeiro tempo e tomou muitas bolas nas costas no segundo. 4
Manoel – Jogou na zaga por dois, se apresentou várias vezes para armar o time e ainda fez o gol. Melhor do Atlético. 7
Cléberson – Nitidamente nervoso, fez seu pior jogo no Atlético. Cometeu um pênalti infantil e ainda obrigou Drubscky a fazer uma inversão no posicionamento da zaga para marcar Rafael Sóbis. 3,5
Pedro Botelho – No primeiro tempo, ficou mais preso para marcar Sòbis e Wellington Silva. No segundo, com a opção do Flu pelo 4-4-2, teve espaço para avançar e aproveitou mal. 4
Deivid – Anulou Felipe e apareceu como boa opção no ataque. 6,5
João Paulo – Demorou a entrar no jogo. No primeiro momento em que participou da armação, saiu o gol. Caiu no segundo tempo. 5
Marcão – Entrou para ser referência, mas suas participações foram todas tentando cruzamento. 4
Felipe – Começou bem, articulando o meio-campo rubro-negro. Depois, foi perdendo rendimento até sumir de vez do jogo. 5,5
Paulo Baier – Comandou a pressão do Atlético no segundo tempo. Deu bons passes e perdeu uma ótima chance. 5,5
Everton – Começou a mil por hora, aparecendo constantemente na área. Depois, perdeu rendimento. Acabou como volante. 5
Marcelo – Apagado no primeiro tempo, deitou em cima de Monzón no segundo, mas errou muito na hora de cruzar ou chutar. 5
Ederson – Teve as melhores chances do Atlético: carimbou a trave duas vezes e chutou para fora em outras duas. Sumiu na segunda etapa. 4,5
Ciro – Escondido na marcação, ainda tentou pateticamente fazer um gol com a mão. 3,5
Ricardo Drubscky – Teve mérito ao armar o time para se comportar como jogasse em casa e fez as alterações necessárias. Não teve culpa pelo resultado. 6