É muito bacana ver o torcedor paranista entusiasmado e orgulhoso do momento do time. Depois de tantos erros, ver o Tricolor começando bem a Série B passa confiança à torcida, algo que se reflete na boa resposta ao plano de sócios (5 mil adesões) e na expectativa de lotação da Vila Capanema para hoje à noite, contra o Icasa.
Claro, a boa arrancada não pode causar ilusão. Ano passado o time estava, a essa altura da Segundona, na mesma posição. Parou para a Copa líder, mas sofreu uma queda brusca, a ponto de temer o rebaixamento por um momento.
Estou curioso para ver o comportamento do time novamente em casa. O esquema de três volantes funcionou perfeitamente em Goiânia e no Recife, mas é natural que jogando na Vila o Paraná precise tomar a iniciativa, como fez contra o Salgueiro. Naquela noite, apenas Júnior Urso e Everton Garroni protegiam a zaga, com Wellington organizando o jogo pelo meio, Jefferson Maranhão aberto pela esquerda e Kelvin atacando pela ponta-direita, com Giancarlo centralizado.
No papel, muda apenas um jogador: Kelvin por Cambará (abro o parênteses para desculpar-me aqui no blog por um erro de informação cometido na coluna de hoje, em que falo de Serginho no time, sendo que ele não joga). Na prática, Cambará terá de ajudar Garroni a fazer a condução rápida e eficiente da bola da defesa até Wellington, o responsável por armar o jogo tricolor.
Um tempo atrás, ao comentar o Atlético, falei que não vejo problema em jogar com três volantes em casa. O problema é como o time joga. Se houver liberdade para os laterais atacarem e volantes que saibam o que fazer com a bola no pé, o sistema funciona mesmo em casa. O Paraná tem peças para fazer esse esquema funcionar bem. Vamos ver na prática.
