Roberto pode ser a novidade em Manaus, onde o Coxa enfrenta o Nacional na estreia na Copa do Brasil
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Marcelo Oliveira fechou o último treino do Coritiba antes do jogo com o Nacional. Isso leva a duas conclusões. A primeira é que Roberto será titular, não se sabe exatamente no lugar de quem. A segunda é que, seja qual for o escolhido para deixar o time, o Coxa passará a jogar de uma maneira diferente.

A minha aposta é que Marcel espirra. Mesmo com todo o desconto que se deve dar pelo segundo semestre de inatividade em 2011, o Tanque não tem jogado mais bola que Lincoln, Rafinha e Renan Oliveira, seja porque não faz tantos gols como se esperava, seja porque sua pouca combatividade conseguiu resgatar Bill do mundo dos mortos.

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Se Marcel sai e Roberto entra, acabou o jogador de referência no ataque. Roberto sempre chamou atenção no Avaí pela velocidade. Lá, aliás, Péricles Chamusca o escalou várias vezes como único atacante, apoiado por dois meias – no caso, Davi e Caio. No Coritiba esse suporte deve ser dado por Rafinha e Lincoln. A diferença está no sistema de jogo. Chamusca escalava o Avaí no 3-6-1, Marcelo deve manter o Coxa no 4-5-1. Jogando assim, Roberto foi um dos principais artilheiros do Leão na temporada 2010.

Com Lincoln, Rafinha e Roberto, o Coritiba deve apostar na troca de posições e de passes rápidos. Lembra um pouco a formação com Leonardo em campo, só que com mais velocidade. Bola alta? Roberto tem alguns gols de cabeça na carreira, mas sua altura (1,80 m no site da LA, 1,78 m no site do Coxa) não lhe ajuda muito na disputa com os zagueiros. Assim, o Coritiba precisará economizar nos chuveirinhos e os gols de cabeça devem ficar restritos às subidas de Emerson e Pereira nas faltas laterais e nos escanteios.

Sentiu falta de Renan Oliveira? Creio que ele vá para o banco junto com Marcel. Aposto em um Coritiba com três volantes: dois mais marcadores (amanhã Urso e Djair, com todo mundo à disposição Urso e Willian) e outro responsável pela transição defesa-ataque (Gil em Manaus, Tcheco sempre que possível).

Trocando em miúdos, um Coritiba com Vanderlei; Jackson, Pereira, Emerson e Lucas Mendes; Urso, Willian (Djair) e Tcheco (Gil); Rafinha e Lincoln; Roberto. Considerando que Marcel e Caio Vinícius não jogaram um futebol confiável o bastante para serem titulares incontestáveis e não há opções viáveis para contratar no momento, é uma solução interessante. Vale o teste.

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Ok, mas essa não é a única maneira que Roberto pode jogar. Marcelo Oliveira pode tirar alguém do meio (Gil ou Djair) e manter Marcel. Aí, há duas formações possíveis. A primeira mais estática, com Rafinha e Lincoln como meias e Roberto caindo pelo lado esquerdo do ataque, tendo Marcel como referência. A outra, mais flutuante, com Marcel seguindo como referência e Roberto cumprindo o papel que foi de Marcos Aurélio em vários momentos. Assim, Lincoln seria o armador central, Marcel a referência na área e Rafinha e Roberto ficariam se revezando pelos lados do campo. Opções viáveis. Mas, se claramente o time não está funcionando com um jogador de referência, não há momento melhor para experimentar uma formação diferente.