CARREGANDO :)

A NET-SP fez o favor de excluir Salgueiro x Paraná da lista de jogos exibidos ontem no pague-pra-ver. Sim, paguei-pra-não-ver. Então li e ouvi, que pelo menos era de graça. Da atuação tricolor em si deixo a bola com vocês. O que deu para depreender é que mais uma vez o time começou jogando bem e foi desmoronando ao longo da partida. O que deixa evidente que o problema não apenas técnico e tático, mas também físico.

O que mais chamou a atenção foi o discurso pós-jogo do vice Paulo César Silva. Paulão falou como um torcedor e deve ter ganhado a admiração de muitos paranistas. Mas ele é dirigente e deve cuidar para que seu falatório não vire bravata.

Publicidade

Ao dizer que tem jogadores para os quais a camisa está pesando, Paulão se obriga a mandar atletas embora. É fazer isso ou ter certeza absoluta de que a diretoria perderá de vez a mão do elenco. Boleiro não admite ser fritado em público, ainda mais numa situação como essa, em que a crítica é genérica e pode atingir qualquer um. É meio caminho andado para um motim.

Também não dá para esperar que os atletas vistam a carapuça e peçam dispensa. É querer que o jogador se atire em uma frigideira aquecida pelo dirigente. E, não custa lembrar, o clube mandar embora implica em pagamento de rescisão; o jogador pedir dispensa, não.

Paulão também pôs Guilherme Macuglia em péssima situação ao dizer que conversou com vários treinadores e todos se recusaram a assumir o time. Isso só dá mais força às críticas a Macuglia, deixa claro que o técnico gaúcho veio porque foi o que sobrou. Como bem definiu o Cristian Toledo, uma entrevista desnecessária do dirigente, que se comportou como o mais passional torcedor da turma do amendoim.

*****

Para não deixar passar batido: Paulão ainda disse estar recebendo ameaças anônimas. Isso não é coisa de torcedor, é coisa de bandido. Paulão deve levar o caso à polícia e quem está perdendo tempo com isso, que tenha a consciência de que está cometendo o crime e vá arrumar algo útil para fazer.

Publicidade