Invasão de campo de Alfredo Ibiapina pode fazer com que o Atlético perca dez mandos de campo
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Em 2000, o Atlético foi enfrentar o Vasco em São Januário, pela Copa João Havelange. Era tempo de racionamento de energia e o jogo foi marcado para as 14 horas, a despeito do calor tipicamente carioca daquela tarde de domingo. Eurico Miranda entrou no gramado, deu uma dura no árbitro Wilson Souza Mendonça e fez com que a partida começasse às 15 horas. O jogo começou no horário desejado por Eurico e o Vasco venceu por 4 a 0.

Essa lembrança me vem à cabeça quando leio e ouço algo sobre a atitude de Alfredo Ibiapina no Atlético 2 x 2 Palmeiras, de duas semanas atrás. Ibiapina quis dar de dedo no Marcelo de Lima Henrique (que, diga-se, apitou mal como sempre) no intervalo e durante o segundo tempo. Foi tocado do gramado porque ali não era seu lugar. Deu uma euricada fajuta. Se as euricadas originais já eram ridículas, um arremedo mal feito só poderia mesmo parar no STJD, onde o Atlético será julgado hoje com o seu dirigente.

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Ibiapina merece uma punição exemplar. Será uma boa maneira de mostrar a ele que lugar de torcedor é na arquibancada e que dirigente incapaz de se controlar sempre atrapalha o clube. Há uma confiança geral na absolvição do clube. O histórico indica isso, além do discurso sempre confiante do Domingo Moro. Houve quem comparasse aos episódios de 6 de dezembro de 2009, no Couto Pereira. A diferença é abissal. Começa no tamanho da invasão e vai até o tipo de agressão.

Pelo comportamento habitual do tribunal, uma multa será o máximo de punição que caberá ao Atlético. Se o clube perder mando, será uma surpresa enorme, além de mais um empurrãozinho para afundar o clube na zona do rebaixamento. Independentemente do resultado do julgamento, que fique o recado claro de que, felizmente, não há mais espaço para euricadas no futebol brasileiro.

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Estou em débito com vocês há algumas semanas – e o Renato aparece em todo post para me lembrar. Fiquei devendo uma opinião (não que vá mudar o mundo) sobre o entrevero Bill-Fabrício no Atletiba. Vi o lance algumas vezes. Bill faz o movimento da cusparada, mas não cospe. Foi até o limite do aceitável em um desentendimento dentro de campo. Fabrício rondou esse limite com o odioso ato de dar de dedo no atacante adversário que tenta simular uma falta. Prepotência besta para ganhar a torcida.

No máximo cabia uma dura do Héber nos dois, ou deixá-los sem sobremesa por uma semana, algo mais condizente com a infantilidade de ambos. Em tempo: o caso nem foi para o STJD.

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Escrevi na sexta-feira o que penso sobre a Copa. Acrescento e lembro apenas o seguinte: a partir do momento em que há (muito) dinheiro público envolvido, mesmo em forma de empréstimo, é obrigação dos envolvidos no processo prestar contas de cada centavo que foi gasto e de cada centavo que será gasto na operação. Repito: é obrigação, não é favor. E quem entender o contrário, que ponha dinheiro do próprio bolso e faça o favor de não mexer em dinheiro público. Eu garanto que não vou ficar amolando quem quiser gastar sua própria fortuna em estádio. Agora, se tem dinheiro do contribuinte, que faça direito e com transparência.