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A mão de Barcos, o apito eletrônico e os ratinhos cegos do Shrek


Ratinhos cegos do Shrek aguardam ansiosamente a avaliação para envergar o escudo da Fifa.

Hoje tivemos uma discussão boa no debate da 98 FM sobre arbitragem. O gancho foi o gol com a mão de Hernán Barcos, validado por Francisco Carlos do Nascimento, mas anulado (apontam as evidências) com auxílio eletrônico.

O próprio Francisco Carlos do Nascimento, alagoano da Fifa, havia protagonizado lance similar em Atlético 1 x 1 Joinville, em Paranaguá. Marcou como pênalti uma falta cometida por Manoel fora da área. Voltou atrás atendendo aceno da auxiliar (apontam as evidências) após auxílio eletrônico. No Beira-Rio, o mensageiro foi o delegado da partida, Gérson Balutta; no Caranguejão, o quarto árbitro, Adriano Milczvski. A Bezona ainda teve outra ação similar que validou um gol do Criciúma contra o Bragantino, no Heriberto Hulse.

Os três lances deixam mais evidente a necessidade do auxílio eletrônico à arbitragem. Todos teriam sido facilmente solucionados com uma consulta legal à câmera, o que indica o caminho de até onde a tecnologia deve apoiar a arbitragem.

A posição da bola em relação às linhas do gramado e um acintoso soco na bola são facilmente detectáveis eletronicamente. O primeiro caso se resolve com um chip; o segundo, com uma câmera, que também pode flagrar agressões fora do lance.

E pouco importa se a tecnologia não abrange o jogo da quinta divisão do Campeonato Paulista, o clássico da Suburbana ou a decisão da Copa da Liga de Botsuana. O fundamental é obrigatoriamente estar em competições internacionais e nas primeiras divisões de todos os países. Onde as próprias ligas não puderem bancar, a Fifa entra com a grana, em mais um dos seus muitos programas de desenvolvimento.

Cria um desnível entre essas competições e as demais? Sim. Vira um outro esporte? De jeito nenhum. Torna-se apenas mais um elemento que cria nuances de acordo com cada região ou tipo de torneio, como a altitude, a temperatura, a condição do gramado, o tipo de treinamento, a necessidade de o jogador conciliar o futebol com outras profissões, etc.

Só não pode achar que o auxílio eletrônico vai solucionar os polêmicos impedimentos. Nesse caso, sou totalmente contra. O risco sai do erro humano do trio da arbitragem para o erro humano do operador de vídeo. Basta lembrar do Vasco 0 x 0 Corinthians, nas quartas de final da Libertadores deste ano. O gol vascaíno foi bem anulado na Globo e mal anulado na Fox Sports, simplesmente porque houve uma diferença microscópica no acionamento do tira-teima.

A essa altura, a última coisa que o futebol precisa é que a escala da partida, além do controverso trio de arbitragem e dos inúteis adicionais, ainda precise levar o nome dos operadores de tira-teima.

*****

Francisco Carlos do Nascimento viu como pênalti uma falta fora da área e não enxergou um soco na bola. Uma semana antes, não havia enxergado uma agressão de Zé Carlos a Lúcio Flávio também debaixo do seu nariz. E o cara é árbitro Fifa. Um caso para a oftalmologia estudar e a dona CBF explicar.

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