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A noite de Lúcio Flávio na Vila


Lúcio Flávio, o dono da noite na Vila Capanema

Dez anos e meio depois, Lúcio Flávio volta a vestir a camisa tricolor na Vila Capanema, esta noite, contra o Joinville. O último jogo do meia pelo Paraná no estádio foi dia 13 de novembro de 2001, contra o Fluminense, derrota por 1 a 0 na 24ª rodada do Brasileirão daquele ano. O gol foi marcado pelo zagueiro Régis. Abaixo, as escalações.

Paraná
Marcos; Flávio Santos (Goiano), André Dias, Ageu e João Pessoa (Fabinho); Hélcio, Fernando Miguel, Evandro (Luciano Valente) e Lúcio Flávio; Maurílio e Márcio Nobre. Técnico: Paulo Bonamigo.

Fluminense
Murilo; Flávio, Régis, André Luís e Júnior César; Marcão, Sidnei, Roger (Fubá) e Fernando Diniz; Andjel (Caio) e Magno Alves (Roni). Técnico: Oswaldo de Oliveira.

Aquele Campeonato Brasileiro traz uma série de outras efemérides sobre a primeira passagem de Lúcio Flávio pelo Paraná.

Último jogo: 25/11/2001, Botafogo-SP 0 x 2 Paraná, Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto.
Último gol: 2/11/2001, Gama 3 x 2 Paraná, Estádio Mané Garrincha, em Brasília.
Último gol em Curitiba: 6/10/2001, Atlético 1 x 1 Paraná, Arena da Baixada.
Último gol na Vila Capanema: 19/9/2001, Paraná 2 x 0 Vasco.

Apesar de essas datas e fatos despertarem boas recordações nos paranistas, é a outra data, bem mais recente, que os torcedores devem estar atentos: 22 de abril de 2012. Neste dia, Lúcio Flávio fez seu último jogo pelo Vitória. Começou como titular e foi substituído aos 17 minutos do segundo tempo da derrota por 1 a 0 para o Feirense, pelo Campeonato Baiano.

Há exatamente dois meses Lúcio Flávio não entra em campo. Some-se a isso dois anos sem que o meia consiga apresentar um futebol consistente. Lúcio Flávio precisará superar essa carga para entregar o que se espera dele no Paraná: visão de jogo, lançamentos precisos, cobranças de falta certeira. Nem precisa ser na intensidade da passagem anterior pela Vila ou de seus bons momentos no Botafogo. Bastam duas ou três intervenções cirúrgicas para Lúcio Flávio decidir jogos pelo Paraná. É o que se espera dele já esta noite, contra o Joinville. Chegou a hora de o Passageiro da Alegria atualizar suas estatísticas pelo Tricolor.

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A noite é especial para os paranistas, mas peço licença para dizer que é especial para mim também, como tem sido a semana inteira. Após dois ótimos anos em São Paulo a serviço da ESPN, volto a Curitiba. Ontem fiz minha reestreia aqui na Gazeta do Povo, agora agregando a função de repórter especial às de blogueiro e colunista da editoria de Esportes. Hoje é dia de estreia – essa no sentido literal – na 98 FM, primeiro às 18 horas, no 98 na Rede, e depois comento Paraná x Joinville, ao lado de Marcelo Ortiz, Mário Neto, Lucas Rocha, Guilherme de Paula e Francine Lopes.

É muito especial esse primeiro jogo ser na Vila. Em 2000, fiz meu primeiro jogo pela Rádio Clube lá na Vila Capanema. Fiz entre aspas. Era um posto de Malutrom x Comercial de Ribeirão Preto. Fomos para lá eu e o Nícolas França, hoje editor-assistente de Esportes da Gazeta do Povo. Éramos estagiários da B2. Entramos no ar uma vez e o equipamento simplesmente parou de funcionar, resultado das avarias sofridas dias antes, no acidente de carro que, infelizmente, matara dias antes o narrador Rosildo Portela. Ele voltava de uma transmissão em Bandeirantes, com o Ivan Vinícius e o Pereirinha, que se feriram no acidente. Sem alternativa, voltamos para o estúdio.

Eu ainda iria várias outras vezes à Vila Capanema naquele ano. Sempre na companhia do Irapitan Costa, para cobrir os jogos do Paraná na Copa João Havelange. Eu cobrindo o visitante e o Ira, como sempre, no Tricolor. Vi Lúcio Flávio decidir vários jogos, passar de promessa a ídolo da torcida paranista. Ao menos para mim, não poderia haver uma coincidência que me trouxesse mais lembranças boas do que reestrear no rádio na Vila Capanema, com Lúcio Flávio reestreando. A festa é dele, mas me atrevo a dizer: bom retorno para nós, Lúcio.

*****

E como não poderia deixar de ser, agradeço às inúmeras manifestações de carinho pelo Twitter, Facebook, pessoalmente e por telefone nessa minha volta a Curitiba. Um retorno que foi possível especialmente graças a cinco pessoas: Andréa Sorgenfrei, Cristian Toledo, João Santos, Marcelo Ortiz e Rodrigo Fernandes. Valeu, gente! Segue o jogo…

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