Primeiro turno encerrado tanto na Série A quanto na B, então é um bom momento para fazer uma seleção dos nossos times até aqui. A ideia, confesso, é emprestada aqui da firma – a 98 FM passou os últimos dias elegendo, posição por posição, os melhores; vale conferir. A ideia original era ter publicado antes, até escrevi boa parte do post. Outras coisas foram surgindo no blog, a seleção foi para o fim da fila e me permitiu rever dois votos.
Segue minha seleção – com os dois votos revistos, inclusive. Lá no pé falo um pouco do clássico, amanhã escrevo do returno. Ponham as seleções de vocês nos comentários. Eu faço uma apuração e publico a seleção dos leitores na quarta-feira. Combinado?
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Weverton – Meu voto inicial era para o Luís Carlos, que cresceu ao longo do turno. Mas a última impressão pesou. Weverton pegou muito no clássico, Luís Carlos falhou no gol de João Paulo e a diferença de um para outro, que na minha cabeça já era pequena, reverteu-se a favor do rubro-negro.
Ayrton – Já aviso, será uma das poucas presenças coxas-brancas na seleção. Ayrton é bom no apoio, tem crescido na marcação e deu ao Coritiba algo que há tempos o time não tinha: um grande batedor de faltas.
Manoel – Entra nessa seleção como capitão e grande craque. Recuperou a ótima forma de 2010 e tem liderado a segunda melhor defesa da Série B. Jogou todos os minutos do Atlético na Segundona até aqui e levou apenas um cartão amarelo, uma façanha e tanto para um zagueiro.
Alex Alves – A grande revelação paranista da temporada. Começou quebrando o galho como volante e só foi assumir sua posição mesmo com a saída de André Vinícius. Não é muito alto, mas tem um senso de posicionamento incomum. E ainda aparece sempre na área adversária em faltas e escanteios.
Fernandinho – O grande carimbador de jogadas do Paraná, mesmo atuando boa parte do primeiro turno na lateral esquerda. Difícil ver Fernandinho errando um passe. Foi o grande jogador paranista do turno.
Cléberson – Uma breve improvisação para acomodar outra revelação da temporada. Cléberson apareceu no Atlético em um momento complicado, jogando de lateral. Saiu-se bem e não deixou mais o time. Faz o volante da seleção, às vezes recuando para a zaga, para dar espaço às subidas de Manoel e Alex Alves.
João Paulo – É a grande prova de que um volante pode marcar e criar com a mesma intensidade. Chegou ao Atlético durante o turno, mas já na estreia, contra o ABC, mostrou que é indispensável.
Robinho – Na minha primeira seleção, essa vaga era de Serginho Catarinense. Resultado da falta de boas opções nos grandes e uma maneira de registrar a boa campanha que o Arapongas vinha fazendo. Mas aí o Arapongão ficou pelo caminho e Robinho seguiu fazendo boas atuações. Cresceu demais dentro do turno e hoje é indispensável para o Coritiba, jogando até de segundo volante.
Lúcio Flávio – Um dos raros craques em ação no futebol paranaense. Mudou o patamar do Paraná assim que estreou, com gol e assistência, contra o Joinville. Quando a bola cai no seu pé, as coisas acontecem para o Tricolor.
Elias – No meu esboço de seleção, não tinha lugar para Elias – acho que era o Luisinho quem estava por aqui, não me lembro. Mas o camisa 10 é um dos expoentes da arrancada que levou o Rubro-Negro a colar no G4. Aqui na seleção ele joga pela esquerda, onde também rende bem, deixando Lúcio Flávio como o armador centralizado.
Henrique – O que mais se falou ao longo do primeiro turno das Séries A e B foi a falta de homens de área nos times de capital. Então a solução só pode vir do interior: Henrique, artilheiro do Cianorte e da Série D. Típico jogador de área, Henrique certamente cansaria de fazer gols servido pelo time listado acima.
Ricardinho – O final de turno tem sido complicado, mas Ricardinho é a grande revelação como treinador nesta temporada. Nos grandes momentos do Paraná, sempre pôs o time para jogar no ataque, seja dentro ou fora de casa. Uma aula em gente com mais tempo de estrada que exagera na cautela.
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Sobre o clássico… O Atlético mereceu vencer. Dominou amplamente a primeira meia-hora do jogo (e paradoxalmente o Paraná teve duas ótimas chances de gol nessa parte do jogo), foi dominado nos 15 minutos seguintes e, mesmo pressionado em boa parte do segundo tempo, não correu muitos riscos reais.
A chave da vitória foi o meio-campo. O Atlético tomou muita bola e ficou com ela no pé, trocando passes, exatamente como o Paraná gosta de fazer. O Paraná, por sua vez, marcou melhor com um volante do que com dois. Prova de que marcação tem muito mais a ver com posicionamento do que com a escalação em si.
Manoel foi gigante. João Paulo, Elias, Cléberson, Pedro Botelho e Weverton foram muito bem. No Paraná, Alex Alves foi o melhor, Wellington e Lúcio Flávio fizeram um bom jogo. Fernandinho, na contramão, decepcionou. Deveria ter sido substituído. E a preferência por Arthur em relação a Luisinho é cada vez menos defensável.
A arbitragem errou no segundo gol atleticano. Pedro Botelho matou a bola com o braço esquerdo. Não dá para fazer a leitura matemática do jogo por causa desse lance, dizer que sem ele teria acabado 1 a 1. O Atlético era tão melhor naquele momento que acabaria fazendo gol em outro ataque. Fora isso, Edivaldo Elias da Silva poderia, sim, ter expulsado Elias no primeiro tempo e matou dois ataques do Paraná por se posicionar no meio da jogada, quando a recomendação é ficar sempre na diagonal. Em um lance, Wellington tropeçou nas suas pernas; no outro, a bola bateu no seu calcanhar.
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