Em pé: Geovani, Tcheco e Lepatín. Agachados: Michel, Pedrinho, Ricardinho e Rodrigo Batata. O lendário time de futebol de salão do Pinheiros, imbatível na base e formador de bons profissionais.
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Há tempos a torcida paranista não se animava tanto com uma notícia. A hipótese de Ricardinho retornar ao clube teve o efeito de uma luz que se acende no meio de um quarto escuro. Recuperou a confiança em um futuro melhor e diz muito a respeito do que o Paraná é hoje e daquilo que ele precisa se tornar.

Ricardinho e Marcelo Lepatín – o idealizador do projeto de repatriamento do craque – são crias do clube. Começaram juntos nas quadras do Pinheiros e jogaram em um time de futebol de salão que virou lenda. Foi imbativel enquanto esteve junto, atravessando diferentes categorias, e formou garotos que se destacariam no futebol de campo: Ricardinho, Lepatín, Tcheco e Rodrigo Batata.

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Ricardinho conquistou títulos pelo Paraná, jogou na Europa, tornou-se um dos mais cobiçados jogadores do País, disputou duas Copas do Mundo (foi campeão em uma). Lepatín, menos talentoso, foi um trotamundos, rodando por diversos países e vez ou outra defendendo um clube de Curitiba.

Ambos deixaram portas abertas o suficiente no mundo do futebol para não precisar se envolver com o Paraná em uma fase tão delicada para o clube, em que os riscos são enormes. Se cogitam voltar em um momento como este, é porque veem no Tricolor uma boa oportunidade de negócio – quem está em dificuldade costuma ser mais aberto a inovações e concessões. Mas também porque se importam com o clube em que começaram, compartilham do sofrimento dos torcedores.

É exatamente por isso que a hipótese de ter Ricardinho de volta mexe tanto com a torcida. Os paranistas passaram os últimos anos vendo o clube ser transformado em uma Serra Pelada. Quem pôde foi lá, arrancou todo o ouro que podia e partiu. Sobrou um imenso lago de águas turvas.

Quando alguém como Ricardinho se dispõe a mergulhar neste lago e resgatar o Paraná de lá, desperta uma série de sentimentos nos torcedores. Diz respeito ao domínio tricolor nos anos 90, à tradição que o clube e seus antepassados tiveram de formar jogadores, à necessidade de os paranistas mais ilustres estenderem a mão ao clube neste momento.

Há meses falamos que o Paraná precisa de organização, ousadia, planejamento, dinheiro, bons jogadores para corrigir o seu futuro. Faltou um ingrediente fundamental, que a hipotética volta de Ricardinho resgata: amor. Não é tudo que o Paraná precisa, mas sem ele será impossível sair do buraco.

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Para os amigos que questionaram no post anterior: o goleiro de Atlético 2 x 0 Palmeiras, em 1996, é, sim, Marcos. Velloso machucou logo após o Paulista, deixando o posto de titular para Marcos no Brasileiro. A grande diferença é que naquela época Marcos ainda tinha bastante cabelo.

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