Os estaduais no formato atual são ruins para todos os clubes, embora em níveis diferentes. Por exemplo: é pior para o Paraná do que para a dupla Atletiba. E isso fica muito evidente em casos como no Amaral Bowl de hoje, entre Paraná e Rio Branco.
O Paraná tem menos dinheiro e é menos atraente para jogadores do que Atlético e Coritiba. Culpa de estar na Série B desde 2008 e de ser a terceira força do futebol paranaense. Some-se a isso o Campeonato Paranaense ser uma vitrine pior que o Paulista, o Carioca, o Gaúcho, o Mineiro e o Catarinense, temos situações como a do Paraná.
Sem dinheiro para caminhar sozinho, o Paraná precisa se aliar a um empresário – no caso, Marcos Amaral. E como a vitrine do clube e do campeonato não são as melhores, o jeito é garimpar jogadores que, raro algumas exceções, não conseguiram se encaixar adequadamente nos cinco mercados que eu citei logo acima.
Isso faz do Estadual sempre um vestibular para o Paraná. Basta ver que há tempos o clube não consegue entrar na Série B com o time que fecha o Paranaense. A contratação em massa antes do Brasileiro se torna uma obrigação para os paranistas entrarem realmente competitivos na disputa nacional.
Para este ano, Marcos Amaral – e por consequência o Paraná – ampliaram o vestibular. O Rio Branco virou filial, outro campo de testes para o Tricolor. A margem de observação é maior, a chance de tirar um número maior de jogadores, também. É o caminho para se virar diante de um cenário complicado. Por enquanto, ainda não passa a confiança de que não será necessário montar um time novo após o Estadual.
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