Adriano saiu puto irritado do gramado do El Fortín, em Buenos Aires. Queria mais tempo para mostrar futebol e deixou isso claro no olhar fulminante que soltou para Miguel Ángel Portugal. A reação é normal de alguém que passou tanto tempo sem jogar e quer mostrar logo que está recuperado. Aceitável, mas ainda assim equivocada.
O jogo estava decidido. Com pouco tempo, era impossível o Atlético virar. Ao colocar Adriano naquele momento, a intenção do treinador era claramente dar ritmo ao Imperador.
Adriano não jogava havia quase dois anos. Chegou a Buenos Aires tendo jogado apenas os 10 minutos finais da partida contra o The Strongest. Ainda está acima do peso. Precisa aprimorar a condição física e ganhar ritmo de jogo.
Diante disso, querer Adriano em campo por um tempo inteiro, neste momento, é loucura. Entrando no intervalo, até poderia fazer um gol e empatar o jogo. Da mesma maneira que poderia se arrebentar com uma lesão muscular. Resolveria o problema de ontem, mas poderia criar um para o restante da primeira fase.
Por outro lado, entrar alguns minutos ajuda na recuperação do Adriano. É um passo necessário para eles estar em melhores condições mais adiante. E, por mais que a vontade geral seja que Adriano volte a jogar bem o mais rápido possível, não dá para acreditar que o Imperador jogue com frequência, em um nível aceitável, ainda neste semestre. Com a derrota certa, Portugal foi tratar do futuro de Adriano e do time. Sem ter como resolver o problema do Atlético ontem, cuidou de trabalhar uma solução para amanhã. Adriano e os torcedores não entenderam isso de imediato. Mas deveriam fazer um esforço para entender que foi a melhor opção.
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