O início da pré-temporada do Coritiba, hoje, é a largada do trabalho de campo de Dado Cavalcanti no Alto da Glória. É a grande oportunidade na carreira do jovem treinador, que segue um caminho que não é novo no futebol local: deixar a Vila Capanema e pouco tempo depois subir a Ubaldino do Amaral (a pé, pois de carro é contramão). Três técnicos já percorreram este trajeto. Dois deles com grande sucesso e o outro, com um título nacional.
Rubens Minelli
Um mês depois de conduzir o Paraná ao pentacampeonato estadual, em 1997, Rubens Minelli assumiu o Coritiba. O treinador permaneceu até o fim do Campeonato Brasileiro, apesar da campanha modesta, em que o clube se manteve sob risco matemático de rebaixamento até a última rodada. O Coxa acabou o campeonato, jogado por 26 clubes, em 16º. o clube ainda jogou – e venceu – o Festival Brasileiro de Futebol, torneio organizado pelo SBT com a participação de clubes eliminadoos do Brasileirão (Coxa, Botafogo, São Paulo, Corinthians, Vitória e Paraná) e dois convidados (CFZ e Operário-MS). Minelli encerrou a carreira de técnico e, no ano seguinte, foi dirigente do Atlético.
Retrospecto
Jogos: 29
Vitórias: 10
Empates: 10
Derrotas: 9
Aproveitamento: 44,8%
Tìtulos: Febrafu
Paulo Bonamigo
Por pouco Bonamigo não repetiu o caminho de Geninho exatamente para substituí-lo. O Atlético havia sido eliminado na primeira fase da Libertadores e Bonamigo era um nome forte, mas não de consenso, na Baixada. Geninho ainda durou mais um mês no Furacão, tempo suficiente para Bonamigo trocar o Paraná, onde tinha sido vice-campeão estadual em 2001 e quadrifinalista da Copa do Brasil em 2002, pelo Coritiba. Em pouco mais de um ano e meio no Alto da Glória, Bonamigo bateu na trave para avançar aos mata-matas do Brasileiro-2002, conduziu o Coritiba ao primeiro título estadual invicto após 67 anos, em 2003, e garantiu vaga na Libertadores de 2004.
Retrospecto
Jogos: 84
Vitórias: 41
Empates: 17
Derrotas: 26
Aproveitamento: 55,5%
Tìtulos: Paranaense-2003
Observação: Bonamigo voltou ao Coritiba em 2006, elevando para 123 o seu número de partidas no comando do time, a quinta maior marca da história alviverde.
Marcelo Oliveira
O mineiro não foi direto do Tricolor para o Coxa como Bonamigo, mas teve uma trajetória mais vitoriosa no Couto Pereira. Pelo Paraná, fez um bom Estadual em 2010 e levou o time à liderança da Série B. Atrapalhado por problemas financeiros, o time paranista perdeu rendimento após a parada para a Copa do Mundo e Marcelo Oliveira acabou demitido. Após terminar 2010 desempregado, Oliveira assumiu o Coritiba em 2011, por indicação de Ney Franco. Foi campeão estadual duas vezes (invicto em uma delas), duas vezes finalista da Copa do Brasil e ficou a uma vitória da vaga na Libertadores de 2012.
Retrospecto
Jogos: 132 (terceira maior marca no clube)
Vitórias: 74
Empates: 26
Derrotas: 26
Aproveitamento: 62,6%
Tìtulos: Paranaense-2011 e 2012
*****
Obviamente só o retrospecto alheio não fará Dado Cavalcanti dar certo no Coritiba. O treinador precisará aliar o conhecimento tático e a obsessão pelo treinamento, as características mais fortes do seu trabalho, foi algo que ainda falta na sua carreira: consistência. Tanto no Luverdense, em 2012, como no Paraná, em 2013, Dado começou bem e terminou mal, falhando no objetivo de fazer os dois times subirem de divisão. Um problema que as duas experiências, se assimiladas com inteligência, vão ajudar a resolver. Quanto ao histórico de Bonamigo e Marcelo Oliveira, além de uma curiosidade, é uma segurança tanto para o treinador como para quem está apostando nele.
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