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Francisco Carlos do Nascimento: arbitragem confusa e explicações pouco convincentes

O alagoano Francisco Carlos do Nascimento protagonizou uma das arbitragens mais controversas do Brasileiro deste ano, terça-feira, em Atlético 1 x 1 Joinville. Foi questionado pelo pênalti a favor do Rubro-Negro, pela expulsão de Bruno Thiago, do JEC, e, principalmente, por marcar como pênalti para os catarinenses uma falta nitidamente fora da área e depois voltar atrás. Ontem, o árbitro deu entrevista ao jornal A Notícia, de Joinville. Explicou a polêmica anulação do pênalti e defendeu suas outras decisões.

Abaixo, os principais trechos da entrevista. A íntegra pode ser liga no Blog do JEC, dentro do site do Diário Catarinense.

Pênalti fora da área
“É um lance que ninguém imagina. A bola estava com o defensor [Manoel] e eu já estava me posicionando para sair em diagonal. Ninguém imagina que um erro de passe daqueles iria acontecer e eu fui pego de surpresa. Marquei o pênalti. A bandeirinha disse que falou para mim no rádio que achava que era fora, mas como estava chovendo eu não ouvi.”

Intervenção do 4º árbitro
“De maneira alguma. Não teve participação do quarto árbitro. Ela [a bandeira] viu e chamou a minha atenção. O importante é que, no final das contas, aquilo que foi decidido estava certo e não interferiu no resultado do jogo.”

Demora na revisão
“Justamente porque deu problema no rádio. Eu não sei dizer se foi por causa da chuva ou foi um problema de bateria, mas quando ela chamou a minha atenção, eu fui até ela e percebi que precisava voltar atrás na marcação da penalidade.”

Expulsão
“Foram dois cartões que não teria como não dar. O atleta fez duas faltas e as duas foram para levar amarelo, tanto é que ele nem reclamou ao ser expulso.”

Pênalti no Deivid
“O defensor do Joinville estava com o braço nas costas do adversário. Não tem o que discutir.”

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Assistindo ao jogo, ficou muito clara a influência externa no lance do pênalti mal marcado – e depois desmarcado – a favor do Joinville. A corrida da auxiliar Lilian Fernandes Bruno para a linha de fundo (confirmando o pênalti) e a demora para chamar o árbitro são “batom na cueca”. E a decisão começa a mudar logo depois da exibição do replay do lance na transmissão do Sportv.

O árbitro, lógico, não vai admitir isso. A regra do futebol proíbe auxílio eletrônico. O que, em casos como esse, fica evidente ser uma bobagem. O futebol não pode ficar sujeito a erros primários como o que o fraquíssimo árbitro Fifa ia cometendo.

Sobre a expulsão de Bruno Thiago, correta. Duas faltas para cartão amarelo bem punidos.

Quanto ao pênalti sobre Deivid, discordo do juiz. Houve contato, mas não forte o suficiente para caracterizar falta. Nem todo o contato físico é falta no futebol.

Ainda assim, repito o que escrevi no começo da semana. Não dá para fazer relação matemática entre erros de arbitragem e o resultado da partida. Mesmo sem o pênalti, o Atlético poderia ter empatado na pressão que seguiria sobre o Joinville. Como também ir para o intervalo perdendo faria Ricardo Drubscky tomar decisões diferentes, que poderiam tanto deixar o Atlético forte o bastante para virar o jogo ou desprotegido ao ponto de tomar mais um gol. Enfim, nunca saberemos.

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