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Júnior Urso, uma das novidades do Coritiba em Barueri

Coritiba e Palmeiras começam a decidir, hoje, a Copa do Brasil. Marcelo Oliveira e Felipão fecharam treinos, testaram opções para cobrir os desfalques e armaram estratégias para a primeira partida da final. Uma partida que, imagino, não deve ser muito aberta. Nenhum dos dois vai querer correr o risco de por tudo a perder e transformar o jogo da próxima semana em mero amistoso.

Vejo o Coritiba mais bem preparado. O time se estabilizou, Marcelo Oliveira encontrou duas boas formas de jogar bem até fora de casa. A partida contra o São Paulo, no Morumbi, é o espelho para hoje, tanto que a estrutura será repetida. A decisão do ano passado deixou todos no clube mais cascudos. A tensão de estar em uma final é muito mais do Palmeiras – ainda mais depois de o Corinthians vencer a Libertadores.

Abaixo, 8 situações que serão determinantes na partida desta noite.

Transição do Coritiba É o grande prejuízo da troca de Júnior Urso por Sérgio Manoel. O próprio Marcelo Oliveira resumiu na coletiva de ontem: Sérgio Manoel conduz bem a bola a partir da defesa, com velocidade. Júnior Urso é mais marcador. E Willian e Urso formaram a dupla que sofria para acelerar o jogo no início do ano. A presença de Gil ajuda, é um jogador que sai bem demais com a bola. Mas é algo a que o Coritiba terá de se adaptar.

Valdívia ou Daniel Carvalho
É, no fim, a única dúvida que restou nas duas escalações. Se o escolhido for o chileno, o Palmeiras ganha um armador mais centralizado, que gosta de conduzir a bola e tentar o drible. Com Daniel Carvalho, a armação cai para o lado direito, com lançamentos mais longos. Marcelo Oliveira não é muito adepto a marcação individual, então a missão deve ser compartilhada entre Willian e Júnior Urso.

Henrique fora Felipão arrumou a marcação no meio-campo do Palmeiras ao improvisar Henrique por ali. De uma vez só, ganhou a possibilidade de ter um terceiro zagueiro de acordo com a necessidade momentânea do jogo, tornou a marcação menos dependente do irregular João Vitor e liberou Marcos Assunção para criar mais e correr menos. Henrique não joga. João Vitor vem pra frente da zaga pela esquerda, Márcio Araújo fica mais à direita e Assunção terá de marcar. É um Palmeiras mais vulnerável correndo atrás dos velozes Rafinha e Éverton Ribeiro.

O lado esquerdo do Palmeiras A maior força ofensiva do Palmeiras se concentra por ali. Juninho é muito ofensivo, embora a escalação de Cicinho no lugar de Artur indique a intenção de atacar também pela direita. Ainda há Mazinho, que joga aberto pelo lado esquerdo. Jonas terá uma função primordialmente defensiva, com a ajuda de um dos volantes (provavelmente Willian) e com o apoio um pouco mais à frente de Gil. Ele vai recompor acompanhando o avança de Juninho.

O lado direito do Coritiba
Ok, o lado esquerdo do Palmeiras é ofensivo, mas o Coritiba tem campo para atacar por ali. A lógica é simples: se Juninho apoia tanto, fica um buraco às suas costas, que será coberto por João Vítor, menos eficiente na marcação. Um bom corredor para Rafinha correr, de preferência com o apoio de Éverton Ribeiro. Gil também deve avançar por ali.

9 x “9” O Palmeiras tem um centroavante clássico, Barcos. O Coritiba tem um centroavante em formação, Éverton Costa. O Palmeiras leva vantagem no poder de finalização de Barcos, maior embora descalibrado. O Coxa se beneficia da movimentação de Éverton, que pode sair mais da área para reforçar o ataque nas costas dos laterais palmeirenses.

Pendurados Emerson e Marcos Assunção, dois dos principais jogadores das duas equipes, estão pendurados. Marcelo Oliveira pediu a Emerson que evite excessos – bico pra longe, reclamação desnecessária, falta boba. Se mantiver essa disciplina, Emerson dificilmente fica fora da final – até porque se Mazinho escapar de Jonas, a bomba estoura primeiro em Pereira. Do outro lado, Marcos Assunção terá praticamente de abdicar da marcação para reduzir o risco de cartão, deixando para Araújo e João Vitor a missão de correr atrás de Rafinha e Everton Ribeiro. Melhor para o Coxa.

Treino secreto Marcelo Oliveira e Felipão fecharam os treinos pré-jogo. A principal serventia é treinar bola parada, tanto defensiva quanto ofensiva. O gol de Emerson contra o São Paulo, por exemplo, surgiu de um escanteio curto, que fez a defesa adversário baixar a guarda antes de a bola chegar na área. Fora isso, o máximo que se consegue é algum posicionamento diferente que funciona no começo do jogo. Marcelo e Felipão estão em um nível em que qualquer ajuste para anular uma surpresa do adversário pode ser feito em poucos minutos. Mas saber aproveitar esse momento em que o oponente está se reorganizando faz valer o mistério da véspera.

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