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Manoel e Heracles salvaram o Atlético no pior momento da partida para o Furacão

Cruzeiro 39 pontos e 10 vitórias; Ceará 38 pontos e 10 vitórias; Atlético 38 pontos e 9 vitórias. Este é o cenário da luta contra o rebaixamento após o 1 a 1 entre Cruzeiro e Atlético, na Arena do Jacaré. O Furacão não depende mais dele. Precisa ao menos de um empate entre Ceará e Cruzeiro, semana que vem, no Castelão, para, aí sim, escapar com duas vitórias.

Atualizei as contas que eu havia postado na sexta-feira, já excluindo o rebaixado América. Puxei Bahia e Atlético-MG para a fervura, embora eu continue acreditando que a briga do Furacão é contra Cruzeiro e Ceará. Lá embaixo eu falo do jogo.

Atlético vence o América e vence o Atletiba (44P 11V)
O Atlético escapa com um empate entre Ceará e Cruzeiro. Se o Cruzeiro vencer no PV, o Atlético torce por empate ou vitória do Galo no clássico mineiro. Se der Ceará no PV, o Atlético torce para o que o Vozão não vença o Bahia. Também é possível superar o Atlético-MG (desde que o Galo empate um jogo e perca o outro) e Bahia (desde que não vença nenhum dos dois jogos que restam).

Atlético vence o América e empata o Atletiba (42P 10V)
Precisa que o Cruzeiro não ganhe nenhum dos dois jogos e que o Ceará vença o Cruzeiro e perca para o Bahia ou empate com o Cruzeiro e não vença o Bahia.

Atlético empata com o América e vence o Atletiba (42P 10V)
As mesmas combinações do cenário acima.

Atlético vence o América e perde o Atletiba (41P 10V)
Precisa que Cruzeiro e Ceará empatem na próxima rodada, que o Cruzeiro perca para o Galo e o Ceará não vença o Bahia.

Atlético perde para o América e vence o Atletiba (41P 10V)
A mesma combinação do cenário acima.

Atlético empata com América e Coritiba (40P 9V)
Rebaixado.

Atlético empata com o América e perde o Atletiba (39P 9V)
Rebaixado

Atlético perde para o América e empata o Atletiba (39P 9V)
Rebaixado

Atlético perde para América e Coritiba (38P 9V)
Rebaixado

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Agora, vamos ao jogo. O Atlético merecia ter vencido. Sofreu um apagão na primeira metade do segundo tempo, quando mal pegou na bola. Fora isso, dominou a partida.

Renan Foguinho conseguiu algo quase impossível, substituiu Deivid no mesmíssimo nivel. Marcou Montillo implacavelmente, sem dar espaço para o argentino armar o jogo cruzeirense. O lado direito novamente foi o ponto mais forte, com Wendell e Guerrón atacando um lateral esquerdo com dificuldade de marcação – hoje, Diego Renan. O lance do gol é emblemático. Diego Renan fura a bola a 10 metros da linha de fundo do Cruzeiro, com Wendell e Guerrón a pressioná-lo. Wendell toma a bola e cruza para Marcinho abrir o placar.

Ir para o vestiário em vantagem, no confronto direito, na casa do adversário seria perfeito para o Atlético. Mas não foi. Paulo Baier, para usar um termo adotado por ele mesmo em outra partida, foi juvenil ao bater a falta rapidamente e permitir o contra-ataque do Cruzeiro. Wendell completou o serviço, ao errar o bote no meio-campo e cabecear a bola para trás dentro da área, permitindo a Charles fazer o gol de empate. Um gol de empate tomado de contra-ataque, fora de casa, em um confronto direto. Não poderia ser pior.

Então vieram o apagão no início do segundo tempo – com efeito controlado por Manoel e, principalmente, Héracles – e a ótima intervenção de Lopes. Fiquei pessimista com a troca de Renan pelo preguiçoso Cleber Santana. Mas deu muito certo. O Atlético voltou a ter a posse de bola e foi tirando o Cruzeiro do seu campo gradativamente. Com a entrada de Branquinho no lugar de Morro García voltamos a ter um jogo de 11 x 11 e a substituição de Marcinho por Adaílton deu companhia a Guerrón.

Só faltava o gol. Não, não faltou o gol. Branquinho deu uma cavadinha perfeita para Paulo Baier, que na cara do goleiro, em condição legal, deu um casquinha tirando a bola de Fábio e mandando para o fundo da rede. O auxiliar Marcelo Bertanha Barison marcou um impedimento que não existiu. Um lance que não invalida tudo o que foi feito de errado no Atlético este ano, mas que pode mudar a história do rebaixamento. Era a diferença entre depender só de si e precisar do tropeço dos outros. Uma diferença que às vezes é irreversível em duas rodadas.

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