Escrevi na coluna de hoje que esperaria cinco jogos para fazer uma avaliação mais fechada do início do trabalho do Roberto Fonseca no Paraná. É o tempo mínimo para ele conseguir moldar o time ao seu estilo, ver o que funciona e o que não funciona; quem serve ou não serve; onde precisa de reforço. Neste período de “quarentena”, somar o maior número possível de pontos é fundamental.
O objetivo mais imediato foi atingido.
No primeiro tempo, quase tudo funcionou bem. Achei interessante a formação do meio para frente. Wellington ficou centralizado, organizando jogadas. Kelvin abriu pela direita, Jefferson Maranhão caía mais para a esquerda. Everton Garroni foi eficientesna marcação no meio-campo.
Lisa ficou devendo. Várias tabelas com Kelvin morreram nos passes errados do lateral-direito. A linha de zagueiros funcionou em alguns momentos. O Paraná vai precisar de treino para ajustar o deslocamento de Luciano Castán – lateral quando o time ataca e terceiro zagueiro quando o time defende. Os beques funcionaram bem mesmo na frente. Castán, Cris e Amarildo são altos, cabeceiam bem. O Paraná ganhará alguns jogos com eles, como ganhou hoje.
No segundo tempo, porém, o Paraná deixou evidentes alguns pontos que precisam ser corrigidos pelo Roberto Fonseca. Com a entrada de Clébson, o Salgueiro partiu para um 4-3-3 típico, com a bola indo rapidamente para as pontas. Essa movimentação confundiu a defesa do Paraná, que começou a ter problemas no deslocamento de Castán e deu espaço para o adversário.
A situação só piorou com as substituições. A troca de Kelvin por Léo quebrou a velocidade do contra-ataque e com Serginho no lugar de Maranhão, o Tricolor recuou demais, deu espaço para o Salgueiro jogar mais perto da sua área. Poucos minutos depois, o Paraná corrigiu a marcação, reequilibrou o jogo e garantiu a vitória.
Como falei no começo, o fundamental foi vencer. Mesmo o que deu errado é corrigível com entrosamento, e isso só virá com treinamento e sequência de jogos.
Agora, o Tricolor tem duas partidas fora, contra Goiás e Náutico. Cris, Amarildo e Castán devem passar mais tempo jogando em uma linha de três zagueiros. Kelvin (caso não tenha sofrido uma lesão mais séria) terá espaço para contra-atacar – e se não for ele, Fonseca tem que botar um atacante veloz, não Léo. Os lançamentos de Wellington serão importantes. Apesar de difíceis, tanto o jogo no Serra Dourada quanto o do Aflitos oferecem boas condições para o Tricolor voltar de viagem com alguns pontos.
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