• Carregando...

Ricardinho foge da marcação do Iraty

O Atlético venceu o Iraty por 3 a 0 praticando o seu pior futebol em 2012. É a realidade do Estadual: os grandes são tão melhores que os pequenos que alguns bons momentos já são suficientes para construir uma vitória folgada. Dá resultado imediato, como comprova a chegada rubro-negra à liderança. E deixa algumas lições que, se bem percebidas, podem ajudar o time a crescer na hora certa, contra adversários mais fortes e em partidas mais importantes.

O pouco de apuro que o Atlético passou no Emílio Gomes derivou da escalação da equipe. Deslocado para a lateral direita, o canhoto Bruno Costa teve dificuldade em marcar e pouco apareceu no ataque. Improvisado no meio, o atacante Pablo (usualmente improvisado na lateral direita) avançou demais, deixando um espaço enorme entre o ataque e a defesa do Atlético. Neste pequeno caos o Iraty fez o que estava ao alcance da sua limitação: ocupou o buraco no meio-campo adversário e saiu em velocidade, explorando a correria de Paraíba, atacante veloz, mas de pouca técnica.

Antes que a desorganização causasse algum estrago, o gol caiu nos pés do Atlético. Emanuel errou o passe, Bruno Mineiro interceptou, Bruno Furlan conduziu da direita para o centro e serviu Ricardinho, que mandou para a rede. O jogo acabou ali, restava saber de quanto seria a vitória rubro-negra.

O Iraty não só perdeu qualquer força para ameaçar o visitante como Carrasco corrigiu o posicionamento, com Pablo recuando um pouquinho, Renan Teixeira avançando outro tanto e o Atlético voltando a ter um time com defesa, meio-campo e ataque. A entrada de Ligüera e Marcelo completou o serviço. A promoção de Ligüera a titular parece depender apenas de JR sentir que ele aguenta jogar mais do que um tempo inteiro. E se o próprio treinador diz gostar de um rodízio no ataque, para manter todos “viciados em fazer gol”, está na hora de injetar Marcelo na equipe titular.

Na mesma coletiva em que falou sobre o rodízio no ataque, Carrasco disse que só mexe na defesa quando o setor está jogando mal. Hoje o Atlético entrou com mudanças nas duas laterais, o que é um sintoma de insatisfação. E, pelo mesmo critério, é provável que haja mais mudanas por ali. De Bruno Costa já falei e agora escrevo sobre Paulo Octávio. O Ninja marcou mal, atacou pouco e ainda acabou expulso – injustamente; o lance, apesar de feio, me pareceu involuntário. Héracles tem muito mais vontade do que bom futebol. Adriano talvez resolva o problema na direita, mas na esquerda é bom trazer alguém para a B.

Ressalvas à parte, o trabalho até agora é acima da expectativa. Em sete rodadas, o Atlético já tem um time-base, um padrão de jogo e é lider. Precisa evoluir muito, mas está bem à frente do que se poderia imaginar de uma equipe que terminou o ano passado rebaixada.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]