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A segunda partida do Atlético com JR Carrasco teve poucas excentricidades. Não se repetiram graves erros da estreia (Nieto na ponta, Paulo Baier de primeiro volante) nem foram feitas apostas com alto risco de fracasso, o que seria a escalação de Pablo pela direita, flutuando entre as duas linhas mais recuadas do time. Carrasco fez o simples sem abrir mão do seu estilo. E fazendo o simples o Atlético não só venceu o Operário como tem de onde tirar conclusões interessantes. Vamos a elas.

– O esquema-base tende a ser uma variação do 4-3-3 para o 3-3-1-3. Corresponde à necessidade de JR por o time no ataque, mas permite uma composição rápida da defesa. Torço para que dê certo. Será ótimo um time brasileiro ter sucesso jogando com três atacantes;

– O Atlético precisa de um lateral-direito de verdade. Paulo Otávio é bom jogador, dedicado, mas vai acabar se queimando por ali. Em fevereiro tem Atletiba e eu, se fosse Marcelo Oliveira, já pediria a um auxiliar para começar a separar um material das dificuldades do camisa 2 rubro-negro provocadas pelo simples fato de ele ser canhoto;

– Com dois volantes, Deivid e Renan, o meio-campo fica mais protegido e o time se defende melhor. É uma boa opção para quando Paulo Baier tiver que descansar;

– Marcinho deu o passe para o gol, apareceu bem em outros lances, mas terá de compartilhar a 10 com Ligüera. E estará em desvantagem;

– Há cada vez menos motivos para manter Nieto no Atlético. No domingo tinha a desculpa do deslocamento esdrúxulo para a ponta, mas em Ponta Grossa, não. Ele jogou na dele e foi nulo. Como definiu o Paulão Perussolo no tuíter, é o Pedro Oldoni argentino;

– Bruno Mineiro começa bem, como também começou bem na sua primeira passagem pelo Atlético. Precisa ir assim até o fim. Hoje, não há dúvida, o ataque atleticano tem que ser ele, Marcelo e Ricardinho;

– Rodolfo, de novo, pegou muito. Ainda cedo para uma avaliação definitiva, até porque goleiros jovens precisam ser observados com cuidado redobrado, mas o Atlético não tem por que se preocupar com a camisa 1;

– O Operário meteu pressão no Atlético. Parte porque tem mais tempo de pré-temporada, mas parte porque o elenco rubro-negro é frágil. Pensando no que vem pela frente, precisa trazer reforços. E reforços que estejam mais para o perfil de Ligüera – e daí pra cima – do que para o de Renan – o foguete molhado revelado pelo São Paulo que já treina no CT do Caju.

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